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    Rio deve retomar calendário de vacinação infantil contra a Covid na sexta-feira (4)

    Ministério da Saúde afirma que o estado do Rio de Janeiro deve receber, nos próximos dias, cerca de 400 mil doses de vacinas pediátricas

    Beatriz PuenteNathalie Hanna Alpacada CNN , Rio de Janeiro

    O calendário de vacinação infantil contra a Covid-19 continua suspenso por falta de doses na capital fluminense. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) afirmou que a previsão da chegada das vacinas é para a próxima quinta-feira (3). O calendário deve retomar no dia seguinte, na sexta-feira (4).

    O Ministério da Saúde informou que já distribuiu mais de 491,7 mil doses de vacinas pediátricas contra a Covid-19 para o estado do Rio de Janeiro. Nos próximos dias, cerca de 400 mil doses serão enviadas para o estado, responsável pela distribuição aos municípios. Segundo o secretário de saúde, Daniel Soranz, a capital deve receber cerca de 100 mil doses da Coronavac.

    A campanha de vacinação das crianças está suspensa na capital fluminense desde a terça-feira (1). Segundo o comunicado publicado na segunda-feira (31), a vacinação com a primeira dose continuará disponível para pessoas com 12 anos ou mais e crianças de 5 a 11 anos com deficiência e/ou comorbidades. Além disso, a vacina também estará à disposição para a aplicação da segunda dose de acordo com a data do comprovante.

    Pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a segunda dose há pelo menos quatro meses poderão tomar a dose de reforço. Já a dose adicional será para pessoas com 18 anos ou mais que tenham imunossupressão e receberam três doses no esquema primário.

    Em entrevista à CNN, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que há uma preocupação imensa porque foi a menor adesão para uma campanha de vacinação da história. Segundo ele, apenas 39% das crianças de 11 a 8 anos, até o momento contempladas no calendário, estão vacinadas. A adesão à vacina infantil contra o coronavírus é a mais baixa da história do Rio de Janeiro.

    “É um número bastante baixo. A gente precisa reforçar com os pais a importância de vacinarem os seus filhos. A Covid é uma doença que a gente não sabe ao certo como ela vai se comportar, se vai existir uma outra mutação do vírus, uma mutação mais agressiva para criança. É muito importante que os pais protejam seus filhos”, explicou Soranz.

    A prefeitura do Rio espera vacinar 560 mil crianças entre cinco e onze anos. O calendário de vacinação previa imunizar as crianças até 9 de fevereiro, mas a campanha já foi paralisada duas vezes por falta de doses.

    Como mais uma remessa de 33 mil doses da Pfizer está prevista para chegar até o fim de semana, Soranz acredita que poderá começar a vacinar as crianças de cinco anos na semana que vem. O número de doses, no entanto, não é suficiente para todo o público-alvo, uma vez que cada idade tem em torno de 80 mil crianças, segundo estimativa das autoridades de saúde.

    Aumento de casos entre crianças

    Em janeiro de 2022, o Rio de Janeiro registrou 13.621 casos de Covid-19 em crianças de zero a nove anos. O quantitativo do mês é superior ao registrado nos dois últimos anos inteiros. No momento, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 26 crianças estão internadas na rede pública da capital.

    Apesar da baixa adesão, a volta às aulas está mantida na rede pública municipal para a próxima segunda-feira (7). Segundo Soranz, o comprovante de vacinação não será exigido.

    “As crianças não podem ser punidas pelos erros dos pais… Isso poderia aumentar a evasão escolar. Agora, é muito importante que os pais tenham consciência, que entendam que a sua criança não vacinada está muito mais suscetível a ter formas graves e ter Covid-19. A gente volta nas aulas com um novo panorama, com os professores vacinados, com a maioria dos professores já com dose de reforço, com as crianças, com uma grande parte delas, já com a primeira dose”, disse.

    Busca ativa aos não vacinados

    A prefeitura planeja, no entanto, já para a segunda semana de aulas, uma busca ativa aos alunos não vacinados. “A gente precisa melhorar nossas estratégias de busca ativa. A gente já faz isso com outras vacinas, mas também vamos fazer com a vacina da covid-19. Tentar levantar quais as crianças nas escolas que ainda não se vacinaram e enviar um formulário pedindo autorização para os pais para essa vacinação. As crianças poderão ser imunizadas também nas escolas, com essa autorização”, explicou.

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