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    Acidente em metrô pode interferir nos custos de logística da cidade, diz economista

    À CNN, economista e especialista em mobilidade Vladimir Maciel disse que o setor de cargas será o mais afetado

    Anna Gabriela CostaLayane Serranoda CNN em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (1º), o economista e especialista em mobilidade, Vladimir Maciel, falou sobre os impactos que o acidente ocorrido em uma obra do metrô em São Paulo, nesta terça, podem trazer para a cidade e para a população paulistana. O economista ressaltou que os custos de logísticas serão os mais afetados e que o acidente trará prejuízos para todos os moradores.

    Um acidente em uma obra da Linha 6 – Laranja do metrô em São Paulo fez com que um pedaço da Marginal Tietê, uma das principais vias da capital, desmoronasse na manhã desta terça-feira (1º). Não houve o registro de vítimas.

    De acordo com o entrevistado, considerando os valores de 2020 na região metropolitana de São Paulo, o custo por congestionamentos impacta, aproximadamente, em R$ 15,00 para cada residente.

    “A gente interrompeu hoje a pista local e central da marginal, mas o trecho é super demandado para carga e pessoas; é muito conectado para outras rodovias e aeroporto, tem efeito generalizado para toda a cidade de São Paulo. Se a gente pegasse esses 15 reais por hora e calculasse, qual seria o efeito desse acidente, dessa interrupção? Entre 5 e 10 minutos diários de acréscimo no deslocamento de pessoas e mercadorias, enquanto perdurar essa interrupção”, explicou.

    O economista destacou que a obra está sendo tocada em regime de parceria público privada, que os recursos do investimento são da empresa espanhola, porém, isso significa que quando a linha estiver pronta e operando ela vai custar mais caro por conta do acidente.

    “Como esse custo inicial da obra vai ser acrescido com o acidente, isso significa que o governo do estado tera que aumentar o subsídio à operação dessa linha, ou seja, todo mundo que paga imposto em São Paulo terá que pagar mais por isso”, afirmou.

    Vladimir Maciel afirmou que o setor de cargas e mercadorias será o mais afetado, e em segundo lugar o setor de serviços.

    “Primeiro logística e toda parte de mercadoria e insumo, e depois setor de serviço que utiliza a marginal como via de deslocamento. As empresas que conseguem mudar o horário de funcionamento podem mudar os horários, não são todas que conseguem, aí não tem muito que fazer”, disse.

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