Visita de Macron é chance de conseguir recursos para a Amazônia, diz governador do Pará à CNN
Helder Barbalho também falou que agenda é oportunidade de discutir a região antes mesmo da COP30
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse acreditar que a visita do presidente da França, Emmanuel Macron, na próxima terça-feira (26), seja uma oportunidade para o direcionamento de recursos para a Amazônia.
Durante entrevista no Palácio Lauro Sodré, sede do governo paraense, Barbalho afirmou à CNN que a visita é uma chance de discutir a Amazônia antes mesmo da realização da COP30, a Conferência do Clima das Nações Unidas, em novembro de 2025.
“Será uma oportunidade extremamente importante de construir esse ambiente que antecipa a COP”, disse Barbalho, citando que Macron poderá “conhecer um estado da Amazônia, a Amazônia brasileira, e claro, poder discutir as soluções que passam por preservação da floresta, dos povos da floresta”.
Mas também (conhecer) soluções que valorizem ciência, tecnologia, inovação, que viabilize financiamento climático, que discuta mercado de carbono, que implemente iniciativas que apontem bioeconomia como nova vocação para nossa região, e claro, o olhar pelos povos que aqui vivem, sejam povos indígenas, quilombolas ou urbanos
Helder Barbalho
Segundo ele, há interesse da França de fomentar a economia da Amazônia. “O governo francês tem apontado com o desejo de efetivamente garantir recursos, seja para o fundo Amazônia, fundo floresta, e para parcerias, inclusive, com consórcio de governadores da Amazônia. E nós temos a expectativa que a vinda do presidente Macron, sob a liderança do presidente Lula, será uma boa oportunidade para dar continuidade a essa agenda”.
Macron será recebido em Belém pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deve visitar uma fábrica de chocolate.
Doces para Macron
O local escolhido pela comitiva será a casa de chocolates Filha do Combu, criado pela família da empresária Isete dos Santos Costa, conhecida como dona Nena, que nasceu e vive na região ribeirinha, onde fica a plantação de cacau e a loja em que vende os produtos.
“Hoje, a gente tenta de alguma forma motivar as pessoas a cuidarem da floresta e dizer que a floresta oferece varias outras oportunidades para geração de renda”, contou dona Nena à CNN, citando como exemplo o trabalho de criação de abelhas, ação que ela espalhou para outros produtores. “Tem mais 12 famílias fazendo a mesma coisa”.
Dona Nena deve preparar doces especiais para a visita do presidente francês.
A visita deve durar cerca de quatro horas. Ainda há a expectativa de pratos típicos do Pará, preparados pelo chef Saulo Jennings, que já cozinhou para o rei Charles, serem servidos durante a estadia de Macron em Belém.