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    Organização registra recordes de maior e de mais duradouro raio no mundo

    Um deles durou cerca de 17 segundos, e o outro cobriu uma distância de 768 km, afirmou a Organização Internacional de Meteorologia

    Giovanna Galvanida CNN , em São Paulo

    A Organização Internacional de Meteorologia (WMO, do inglês), registrou nesta terça-feira (1º) dois novos recordes de grandes raios, os chamados “megaflashes”, que ocorreram no ano de 2020.

    Um deles cobriu a maior distância horizontal de 768 km, com margem de erro de 8 km a mais ou menos, e o outro teve a maior duração já registrada até então — 17,102 segundos.

    A distância de 768 km percorrida pelo novo raio recorde aconteceu no sul dos Estados Unidos no dia 29 de abril de 2020, cruzando partes dos estados do Texas, Louisiana e Mississipi. O maior registro anterior pertencia ao Brasil, com um raio que percorreu 709 km no sul do país em 2018.

    Já a maior duração aconteceu sobre o Uruguai e a Argentina no dia 18 de junho de 2020, durando 17,102 segundos com uma margem de erro de 0,002 segundos, afirmou a organização. A Argentina possuía o maior registro anterior ao ter visto, em março de 2019, um raio durar 16,73 segundos.

    Os novos recordes foram publicados no jornal científico Bulletin of the American Meteorological Society.

    https://twitter.com/WMO/status/1488301151640563718

    Para o secretário-geral da WMO, o professor Petteri Taalas, as descobertas ajudam a sustentar dados que podem ajudar a evitar mortes que acontecem em decorrência dos raios, especialmente considerando a capacidade de que nuvens extremamente eletrificadas podem carregar “megaflashes”, como os registrados, por distâncias enormes ou segurá-los por um longo período de tempo.

    Por sua grande discrepância, os registros foram nomeados como “extremos climáticos” pelo professor Randall Cervery, que atua nesta pasta dentro da WMO.

    “Os extremos climáticos são provas vivas do poder na natureza, assim como o progresso científico que permite com que tais registros sejam feitos. É provável que eventos ainda maiores existam e que sejamos capazes de observá-los conforme a tecnologia de detecção de raios aumentar”, declarou. A detecção dos raios foi possível devido a observações feitas por aparelhos no espaço.

    Ron Holle, especialista em raios e integrante de um dos comitês da WMO, explicou ainda que ambos raios não aconteceram em contextos isolados, e sim durante tempestades, o que prova que “quando se escuta uma tempestade chegando, é hora de procurar um local seguro contra raios”.

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