Nike prevê queda de receita enquanto reduz oferta de produtos clássicos
Executivos reconheceram que estratégia não estava impulsionando o crescimento conforme esperado
A Nike alertou nesta quinta-feira (21) que sua receita na primeira metade do ano fiscal de 2025 recuará em “um dígito baixo”, à medida que a maior fabricante de artigos esportivos do mundo reduzir as franquias para poupar custos.
O aviso da Nike veio após o fechamento do mercado, e as ações caíram cerca de 6% nas negociações pós-mercado. Os executivos reconheceram que a estratégia direta ao consumidor da Nike não estava impulsionando o crescimento conforme esperado e que a empresa estava perdendo terreno na categoria de corrida.
Em dezembro, a Nike delineou um plano de economia de US$ 2 bilhões (R$ 9,9 bilhões em valores atuais), que incluía a redução do fornecimento de produtos com baixo desempenho e a melhoria de sua cadeia de suprimentos.
Em teleconferência nesta quinta-feira, após divulgação dos resultados, o diretor financeiro da Nike, Matthew Friend, disse a investidores que a empresa estava reduzindo as encomendas de calçados “clássicos”, como o Air Force 1, bem como os atuais tênis Pegasus Running, conforme mudava seu foco para os próximos lançamentos e para o desenvolvimento de novos produtos.
A Nike superou as estimativas de Wall Street em termos de receita e lucro do terceiro trimestre, apoiada por descontos durante a temporada de festas de fim de ano e pelo lançamento de novos tênis.
A empresa manteve sua previsão de crescimento de 1% da receita para o ano fiscal de 2024.
O lucro trimestral da empresa de US$ 0,77 (R$ 3,82) por ação superou as estimativas de US$ 0,74 (R$ 3,67) devido aos cortes de pessoal e ao seu plano de redução de custos.