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    Bolsonaro volta a dizer que população “paga o preço” por “política de fecha tudo”

    Diante da escassez e encarecimento da energia elétrica, o presidente destacou também que a “preocupação é buscar energia, se não, tudo pode piorar”

    Bruna CarvalhoCamille Coutoda CNN , no Rio de Janeiro

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer nesta segunda-feira (31) que a sociedade está “pagando o preço” por causa da “política de fecha tudo, a economia vemos depois”.

    A declaração se refere a escalada dos preços da energia elétrica diante de efeitos negativos do enfrentamento da Covid-19 pelo mundo.

    O discurso de Bolsonaro foi durante um evento na Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Gaslub, novo nome do Comperj, refinaria da Petrobras em Itaboraí, na região metropolitana do Rio. Segundo o presidente, a inflação da energia elétrica “passou de 200%” na Europa.

    Diante da declaração e do contexto da escassez e encarecimento da energia, Bolsonaro destacou a importância de os países buscarem a autossuficiência energética.

    “Nossa preocupação é buscar energia, se não, tudo pode piorar e a Petrobras é a empresa que pode buscar isso”, disse.

    A unidade começará a receber, ainda este ano, gás natural do pré-sal, etapa importante para a entrada em operação da Unidade de Processamento de Gás natural (UPGN).

    Segundo a Petrobras, a unidade é um marco simbólico, por representar a retomada de obras e promessas que começaram em 2006 e representaram prejuízo de R$ 28,3 bilhões para a sociedade brasileira.

    “O gás natural que chega a Itaboraí nos faz vislumbrar um cenário promissor para a atração de petroquímicas, siderúrgicas, usinas de fertilizantes, fábricas de vidro e cerâmica, entre diversas outras indústrias, que conformarão o ora sonhado Complexo Industrial do GasLub”. afirmou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

    O evento contou com as presenças dos ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, da Cidadania, João Roma, ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, senador Flávio Bolsonaro, governador do Rio, Cláudio Castro, e do prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli.

    Durante a solenidade, Bolsonaro também voltou a falar que não interferiu na escolha para a presidência da Petrobras.

    Em fevereiro de 2021, o presidente fora questionado um dia após indicar o general da reserva, Joaquim Silva e Luna, para o comando da estatal. Silva e Luna ocupou o lugar do economista Roberto Castello Branco, em meio à insatisfação com os últimos reajustes nos combustíveis.

    Bolsonaro disse ainda que numa eventual volta do PT ao governo federal, Lula aceitaria indicações de partidos para cargos em estatais, algo que ele afirma não fazer.

    Bolsonaro cita Lula

    Apesar do discurso político, Bolsonaro afirmou não estar fazendo campanha. “Não estou fazendo campanha para mim. Mas é inadmissível pensar que aquele bandido voltando para cá vai atingir os anseios da nossa população. Isso não é verdade”.

    Ele argumentou que pessoas próximas ao ex-presidente querem rever reformas e “retomar as armas legais que a população passou a ter.”

    Na última sexta-feira (28) o Sindipetro-RJ enviou ofício para a Petrobras sobre a visita do presidente, questionando a circulação de pessoas sem máscaras no interior da empresa, o que seria um descumprimento aos procedimentos estabelecidos pela Petrobras.

    O Sindicato lembrou ainda que o uso de máscara é obrigatório não apenas pelos regulamentos vigentes na estatal, mas também pela legislação estadual. A visita de Bolsonaro não foi aberta à imprensa.

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