Rússia deve permanecer no caminho diplomático nas próximas duas semanas, diz Ucrânia
Rússia tem reunido uma quantidade grande de tropas perto da fronteira ucraniana, mas diz que não planeja invadir seu vizinho
É provável que a Rússia permaneça no caminho diplomático com Kiev e com o Ocidente por pelo menos duas semanas, mas Moscou continuará os esforços para desestabilizar a Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, nesta quinta-feira.
A Rússia tem reunido uma quantidade grande de tropas perto da fronteira com a Ucrânia, mas diz que não planeja invadir seu vizinho.
Falando depois que a Rússia realizou conversações de segurança em Paris na quarta-feira com diplomatas da Ucrânia, França e Alemanha, Kuleba disse uma coletiva de imprensa em Copenhague: “Nada mudou, esta é a má notícia”.
“A boa notícia é que os conselheiros concordaram em se reunir em Berlim em duas semanas, o que significa que é provável que a Rússia permaneça no caminho diplomático nas próximas duas semanas”, disse ele após uma reunião com o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Jeppe Kofod.
As chamadas conversações “estilo Normandia” em Paris foram vistas como um passo para desanuviar tensões mais amplas em um conflito separatista no leste da Ucrânia.
“Infelizmente, a maior exigência da Rússia é que a Ucrânia se envolva diretamente nas conversações com os procuradores russos em Donetsk e Luhansk, em vez de negociar com a Rússia. Isto não vai acontecer, é uma questão de princípio”, disse Kuleba.
Donetsk e Luhansk são Repúblicas autoproclamadas na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
Kuleba disse que a Ucrânia estava se preparando para todos os cenários, mas que a principal estratégia da Rússia agora era desestabilizar a Ucrânia, inclusive usando táticas de guerra híbridas, como ataques cibernéticos e campanhas de desinformação.
“Entendemos que uma operação militar é algo que eles mantêm no bolso, não é algo que eles colocam à frente de outras opções”, disse ele.
A Rússia diz que a crise está sendo impulsionada por ações da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e dos EUA e exige garantias de segurança do Ocidente, incluindo uma promessa da Otan de nunca admitir a Ucrânia.
Na quarta-feira, os EUA repetiram em uma resposta escrita às exigências da Rússia seu compromisso de manter a política de “porta aberta” da Otan, oferecendo ao mesmo tempo uma “avaliação de princípios e pragmática” das preocupações do Kremlin.
Kuleba disse que tinha visto a parte da resposta que se relaciona com a Ucrânia e não tinha objeções.
“Devo elogiar a abertura da administração Biden em consultar-nos antes de falar com os russos”, disse ele, acrescentando que qualquer acordo feito sem a Ucrânia não seria aceito.
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Um soldado ucraniano aponta para um cachorro em uma trincheira da linha de frente. Os cães vivem nessas trincheiras com os soldados e fornecem um alerta precoce contra intrusos • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Uma usina de energia é vista na cidade ucraniana de Kramatorsk, não muito longe da linha de frente do conflito • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Soldados ucranianos sentam-se na traseira de um caminhão em Slov'yanoserbs'k • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Soldados ucranianos vigiam sua posição na trincheira. "Um dos soldados apontou para o horizonte e disse: 'Vê aquele monte? Os terroristas estão atrás daquele monte'", disse o fotógrafo Timothy Fadek. "Eles se referem aos separatistas como terroristas." • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Um olhar dentro de uma trincheira ucraniana na linha de frente • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Um agricultor em Muratova corta madeira enquanto os membros da família a recolhem para vender a uma base militar ucraniana próxima • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Os soldados ucranianos com quem Fadek passou um tempo estavam extremamente relaxados, segundo ele. "Eles abraçaram a inevitabilidade" • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Uma mulher vende peixe seco na estrada que leva a Kramatorsk • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Um soldado ucraniano ajusta sua máscara de esqui para enfrentar o frio da região • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Soldados esperam em seus postos nas linhas de frente • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Um soldado caminha com cães em uma trincheira da linha de frente. "Eu estive nas trincheiras muitas vezes antes no verão", contou Fadek. "Esta é a primeira vez que foi no inverno. Como as trincheiras e a paisagem estão cobertas de neve, me lembra as trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Miséria fria • Timothy Fadek/Redux for CNN