Rússia diz que simples ideia de guerra com a Ucrânia é “inaceitável”
Apesar das declarações de Alexei Zaitsev, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, russos aumentaram a presença de suas tropas na região da fronteira ucraniana
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse nesta quinta-feira (27) que até mesmo a ideia de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia é “inaceitável”, a última de uma série de declarações oficiais com o objetivo de eliminar os temores de uma iminente invasão russa ao país vizinho.
“Já afirmamos repetidamente que nosso país não pretende atacar ninguém. Consideramos inaceitável até mesmo o pensamento de uma guerra entre nosso povo”, disse Alexei Zaitsev, porta-voz do ministério.
A Rússia, que anexou a Crimeia da Ucrânia em 2014 e apoiou uma rebelião separatista no leste da Ucrânia, aumentou a presença de suas tropas na região da fronteira ucraniana, assim como enviou forças à também vizinha Belarus.
Kiev rejeita a versão da Rússia de que o conflito separatista no leste da Ucrânia é uma guerra civil que nada tem a ver com Moscou, dizendo que a Rússia apoia os separatistas com forças disfarçadas no terreno de combate.
Cessar-fogo
Após longas conversas em París na quarta-feira (26), assessores políticos da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha concordaram que um cessar-fogo no leste da Ucrânia precisa ser observado na região.
Porém, muitas questões relativas a um acordo de paz para o conflito no leste europeu permaneceram sem solução após oito horas de negociações, disse Kozak em entrevista coletiva.
Ainda assim, ele espera que as posições possam ser alteradas e disse que outra reunião dos quatro países será realizada em duas semanas, em Berlim.
A Rússia insiste que não pretende invadir, mas o Ocidente ameaçou com severas penalidades econômicas se isso acontecer.
Na linha de frente, ucranianos se preparam para possível ataque:
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Um soldado ucraniano aponta para um cachorro em uma trincheira da linha de frente. Os cães vivem nessas trincheiras com os soldados e fornecem um alerta precoce contra intrusos • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Uma usina de energia é vista na cidade ucraniana de Kramatorsk, não muito longe da linha de frente do conflito • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Soldados ucranianos sentam-se na traseira de um caminhão em Slov'yanoserbs'k • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Soldados ucranianos vigiam sua posição na trincheira. "Um dos soldados apontou para o horizonte e disse: 'Vê aquele monte? Os terroristas estão atrás daquele monte'", disse o fotógrafo Timothy Fadek. "Eles se referem aos separatistas como terroristas." • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Um olhar dentro de uma trincheira ucraniana na linha de frente • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Um agricultor em Muratova corta madeira enquanto os membros da família a recolhem para vender a uma base militar ucraniana próxima • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Os soldados ucranianos com quem Fadek passou um tempo estavam extremamente relaxados, segundo ele. "Eles abraçaram a inevitabilidade" • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Uma mulher vende peixe seco na estrada que leva a Kramatorsk • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Um soldado ucraniano ajusta sua máscara de esqui para enfrentar o frio da região • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Soldados esperam em seus postos nas linhas de frente • Timothy Fadek/Redux for CNN
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Um soldado caminha com cães em uma trincheira da linha de frente. "Eu estive nas trincheiras muitas vezes antes no verão", contou Fadek. "Esta é a primeira vez que foi no inverno. Como as trincheiras e a paisagem estão cobertas de neve, me lembra as trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Miséria fria • Timothy Fadek/Redux for CNN