Tesouro prevê que dívida pública pode alcançar R$ 6,4 trilhões em 2022
Previsões se baseiam nas despesas aprovadas no Orçamento de 2022, que prevê um rombo fiscal de R$ 79,3 bilhões nas contas públicas
A equipe econômica prevê que a Dívida Pública Federal (DPF) pode alcançar até R$ 6,4 trilhões em 2022. Esse é o limite máximo projetado e representaria um aumento de 14,3% em relação ao patamar de R$ 5,6 trilhões encerrado em 2021.
O limite mínimo calculado pelo Tesouro Nacional é de R$ 6 trilhões. Os números são do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2022, divulgado nesta quarta-feira (26).
As previsões se baseiam nas despesas aprovadas no Orçamento de 2022, que prevê um rombo fiscal de R$ 79,3 bilhões nas contas públicas.
Também foram considerados na projeção menor participação de títulos prefixados, principalmente pela redução daqueles de curto prazo; aumento da participação de dívida remunerada por juros flutuantes; manutenção da dívida que vence em até 12 meses em percentuais confortáveis e alongamento do prazo médio da DPF.
“A estratégia de financiamento tem por objetivo suprir a necessidade de financiamento, manter o caixa dentro dos limites prudenciais requeridos para a adequada administração dos resgates programados”, diz o Tesouro.
A expectativa é de que os papeis prefixados tenham participação entre 24% e 28% e os indexados a índices de preços entre 27% e 31% do total da DPF. Títulos ligados ao câmbio devem ficar entre 3% e 7%. Já os papéis pós-fixados devem representar uma fatia entre 38% e 42%.
Outro objetivo da estratégia do PAF 2022 é recompor os indicadores da DPF na direção daqueles desejados para o longo prazo “na medida em que as condições de mercado permitirem”, bem como preservar a reserva de liquidez em níveis adequados para a mitigação do risco de refinanciamento.