Bombeiro é preso por suspeita de feminicídio no RJ
Um exame de DNA vai confirmar se corpo encontrado é o da ex-mulher do sargento
Um sargento do Corpo de Bombeiros foi preso nesta segunda-feira (18) suspeito de feminicídio contra Rafaela Torres, de 35 anos. O carro dela foi encontrado incendiado, no último domingo (17), em Saquarema, na região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Dentro do veículo, havia um corpo carbonizado.
A Polícia Civil acredita que a vítima seja a ex-mulher de Silvio Denis Cabral de Oliveira, que estava desaparecida desde o último sábado (16). No entanto, somente um exame de DNA vai confirmar essa informação. Familiares de Rafaela foram chamados para ceder material genético. As amostras serão comparadas com o cadáver encontrado no carro. O resultado pode sair em até 30 dias.
“Eu vou representar pela prorrogação da prisão temporária do suspeito até a chegada desse laudo”, explicou o delegado responsável pelo caso, André Bueno.
Imagens de câmeras de segurança, às quais a polícia teve acesso, mostram quando um veículo escuro para ao lado do carro de Rafaela. Um homem, que foi identificado pela família da vítima como sendo Silvio, desce armado do banco do carona e obriga a mulher a ir embora com ele. A Polícia Civil ainda não identificou quem dirigia o carro enquanto o suspeito sequestrava a mulher.
Um terceiro homem, que estava na carona do veículo de Rafaela, sai correndo à pé. Essa testemunha ainda não foi identificada. O carro do suspeito vai embora levando a mulher, mas retorna momentos mais tarde para assumir a direção do veículo dela.
Em depoimento na Delegacia de Saquarema (124ª DP), o sargento, de 42 anos, que é lotado em Maricá, disse que não se lembra de nada que aconteceu no dia do crime. De acordo com o delegado, Silvio disse que estava sob efeito de um surto psicótico e que toma remédios controlados. No entanto, chamou a atenção da polícia o fato de o suspeito ter queimaduras nos braços e no rosto.
“A queimadura é mais um indício que foi ele quem ateou fogo no veículo. Ele apresenta um depoimento evasivo. Disse, inclusive, que não sabe o porquê estava com o braço e o rosto queimados”, disse o delegado.
A pena para feminicídio vai de 12 a 30 anos.