Carnaval de rua no Rio de Janeiro não é certo em abril, diz secretário de saúde
Falta de possibilidade de controle sanitário é uma preocupação das autoridades em saúde
Apesar do adiamento do Carnaval para o mês de abril, o desfile dos blocos de rua na nova data ainda não é certo no Rio de Janeiro.
O secretário municipal de Saúde Daniel Soranz acredita que o cenário epidemiológico já será bem mais favorável do que o atual a partir do mês de março. Mesmo assim, a falta de possibilidade de controle sanitário pode impedir novamente a realização da festa nas ruas.
“Em relação ao carnaval de rua é tudo mais complexo. Tem uma organização para se fazer, mas é um carnaval sem nenhum tipo de controle sanitário. Bem mais complexo do que do que o carnaval na Marquês de Sapucaí ou um carnaval em local fechado”, explicou.
Soranz, no entanto, não descarta completamente a realização dos blocos. “É claro que que tudo vai depender do cenário epidemiológico. Eu acho muito difícil a gente fazer essa análise antes da gente entender panorama real do que vai aconteceu nos próximos dias”, disse o secretário.
A Prefeitura do Rio cancelou o carnaval de rua no início do ano, justamente pela falta de possibilidade de controle sanitário. Na semana passada, o anúncio foi do adiamento do Desfile das Escolas de Samba. A apresentação será no feriado de Tiradentes, am abril.
“Em todos os modelos de análise não dava para garantir a execução do carnaval com segurança sanitária na data que estava marcado. Então, o adiamento foi importante, vai permitir que os ensaios possam acontecer na Marquês de Sapucaí”, disse o secretário.
Os ensaios de rua das escolas estavam paralisados na capital fluminense desde o início do mês, quando a Riotur recomendou que fossem cancelados ou realizados nas quadras por conta do aumento de casos de Covid-19, depois da chegada da variante Ômicron.
Segundo o diretor de marketing da Liga Independente das Escolas de Samba, Gabriel David, a previsão, agora, é de que os ensaios de rua sejam realizados a partir do meio de fevereiro e os ensaios técnicos comecem em março.
Os protocolos sanitários para os desfiles, no entanto, ainda não foram estabelecidos. Pode ser que continue valendo a exigência do passaporte da vacina e do teste de Covid para componentes das escolas e público, mas tudo depende da situação epidemiológica.
“É um cenário um pouco incerto, imprevisível da Covid-19. Os números indicam e o que a gente analisa, com as curvas dos outros países, é um cenário muito mais favorável a partir da primeira ou segunda semana de março”, projeta Soranz.