Aglomerações são maior perigo para a população neste momento, diz secretário de SP
Em entrevista à CNN, Edson Aparecido defendeu medidas mais rigorosas contra festas realizadas sem o cumprimento dos protocolos sanitários
Diante do aumento de 563% no número de internados por Covid-19 em leitos de UTI na capital paulista, o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou em entrevista à CNN nesta segunda-feira (24) que as aglomerações representam o maior risco à população neste momento da pandemia em que há um avanço da variante Ômicron e, consequentemente, do número de casos e hospitalizações.
O secretário afirmou que aglomerar é um ato de “irresponsabilidade neste momento em que se dá a transmissão de uma variante como essa, que é muito mais transmissível”. Embora o Carnaval em São Paulo tenha sido adiado para abril, Aparecido comentou que mesmo assim há muitos “bailes” sendo realizados na cidade.
“Eu diria que neste momento o mais importante é a gente ter uma fiscalização e, quem sabe, ter uma medida mais dura com esses bailes que estão sendo divulgados em toda a cidade sem anunciar nenhum controle, nem passaporte de vacina e nem uso de máscaras”, disse.
De acordo com Aparecido, é fundamental que as medidas de prevenção continuem sendo cumpridas, como o distanciamento, uso de máscaras e, principalmente, a realização do esquema de vacinação completo.
Com o aumento de casos de Covid-19, o secretário afirmou que São Paulo irá abrir mais 82 leitos de UTI na cidade nesta terça-feira (25). Aparecido ainda avaliou que o perfil dos pacientes internados se assemelha com o que foi observado no início da pandemia, quando pessoas com comorbidades e idosos eram os mais acometidos pela doença.
O secretário reforçou a importância da vacinação e da imunização da infantil, e comemorou a marca de 189 mil crianças vacinadas na capital paulista. “A vacina é sim um fato de proteção importantíssimo”, afirmou.
Confira orientações do Ministério da Saúde diante do diagnóstico de Covid-19:
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Confira orientações do Ministério da Saúde diante do diagnóstico de Covid-19 • Myke Sena/MS
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O Ministério da Saúde recomenda que diante de sintomas compatíveis com a Covid-19, como febre, tosse, dor de garganta ou coriza, com ou sem falta de ar, as pessoas devem buscar atendimento médico. Confira outras orientações • Cassiano Psomas/Unsplash
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Use máscara o tempo todo • Getty Images
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Se for preciso cozinhar, use máscara de proteção, cobrindo boca e nariz todo o tempo • Conscious Design/Unsplash
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Depois de usar o banheiro, limpe o vaso, mantendo a tampa fechada, higienize a pia e demais superfícies com álcool ou água sanitária. Sempre lave as mãos com água e sabão • Nathan Dumlao/Unsplash
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Separar toalhas de banho, garfos, facas, colheres, copos e outros objetos para uso exclusivo • Sven Mieke/Unsplash
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O lixo produzido precisa ser separado e descartado • Kinga Lopatin/Unsplash
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Evite compartilhar sofás e cadeiras e realize limpeza e desinfecção frequente com água sanitária ou álcool 70% • Nathan Fertig/Unsplash
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Mantenha a janela aberta para circulação de ar do ambiente usado para isolamento e a porta fechada, limpe a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária • Daniel Hansen/Unsplash
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Caso o paciente não more sozinho, recomenda-se que os demais moradores da residência durmam em outro cômodo • Bermix Studio/Unsplash
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Mantenha a distância mínima de 1,5 m entre a pessoa infectada e os demais moradores • Chris Greene/Unsplash
Aparecido avaliou que, de acordo com as previsões da Vigilância Sanitária, o número de casos deve se estabilizar em meados de fevereiro. “Nós acreditamos que em meados de fevereiro possivelmente a gente possa alcançar o patamar chamado de platô, aonde a média móvel de casos em 14 dias acaba se estabilizando”, considerou.
No entanto, o secretário reforçou a importância das medidas de prevenção: “Mas para isso é muito importante avançarmos na vacinação com a dose de reforço, evitar aglomerações, usar máscara o tempo todo porque esses são os fatores que vão garantir que a gente possa superar o mais rapidamente possível esse ciclo dessa nova variante”.
Com o adiamento do Carnaval deste ano, Aparecido considerou que na nova data, prevista para o final de abril, permitirá a realização de celebrações de uma maneira segura. “Em abril, sem dúvida nenhuma nós vamos ter um novo cenário”, disse o secretário.