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    Governo Biden pode enviar tropas à Europa Oriental em meio a tensões na Rússia

    Iniciativa ocorre para tentar deter a Rússia, que concentrou dezenas de milhares de soldados na fronteira com a Ucrânia

    Barbara StarrJeremy Herbda CNN

    O governo Biden está nos estágios finais para identificar as unidades militares específicas que deseja enviar à Europa Oriental.

    A iniciativa ocorre em meio a um esforço para deter a Rússia, que concentrou dezenas de milhares de soldados na fronteira com a Ucrânia, de acordo com vários oficiais dos EUA e de defesa.

    Nenhuma decisão ainda foi tomada, mas a CNN informou que o presidente Joe Biden discutiu com seus principais oficiais militares, durante um briefing em Camp David no sábado (22), opções para reforçar os níveis de tropas dos EUA no Báltico e no Leste Europeu.

    O envio de tropas em potencial ocorre em meio a alertas dos EUA de que uma possível invasão russa da Ucrânia pode ser iminente.

    O Departamento de Estado americano reduziu no domingo (23) o pessoal da embaixada dos EUA em Kiev, na Ucrânia, com a saída de funcionários não essenciais e familiares por motivos de “muita cautela”.

    Uma opção que o governo Biden está considerando é mover entre mil e 5 mil soldados, tanto para reforçar os aliados do Leste Europeu e do Báltico quanto para estarem disponíveis para ajudar a retirar os cidadãos americanos, se necessário, de acordo com um funcionário da alta cúpula da defesa.

    O objetivo de enviar reforços militares para a Europa Oriental seria fornecer dissuasão e tranquilizar os aliados. Não houve nenhuma sugestão de que as tropas americanas fossem enviadas para a Ucrânia ou participassem de quaisquer funções de combate.

    Os EUA enviaram dois carregamentos de armas para a Ucrânia na semana passada como parte de uma assistência de segurança recentemente direcionada para ajudar a reforçar as forças armadas do país.

    Na linha de frente, ucranianos se preparam para possível ataque:

    Os países da Otan também estão enviando navios e caças adicionais para a Europa Oriental e colocando forças de prontidão, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em comunicado nesta segunda-feira (24).

    “A Otan continuará a tomar todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os aliados, inclusive reforçando a parte oriental da Aliança”, disse Stoltenberg.

    A última avaliação de inteligência do Ministério da Defesa ucraniano descobriu que a Rússia já enviou mais de 127 mil soldados à região, enquanto autoridades dos EUA disseram que pode haver uma invasão a qualquer momento.

    As autoridades americanas ainda não sabem o que o presidente russo, Vladimir Putin, planeja fazer, ou se decidiu, de fato, invadir a Ucrânia. Alguns membros do governo estadunidense dizem que há evidências de que a Rússia está planejando tentar tomar Kiev e derrubar o governo, como a CNN noticiou anteriormente.

    O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse em um comunicado, no sábado, que tem informações de que o governo russo planeja “instalar um líder pró-Rússia em Kiev, enquanto considera se deve invadir e ocupar a Ucrânia”.

    Moscou nega que esteja planejando uma invasão, acusando os EUA e a Otan de aumentar as tensões por seu apoio à Ucrânia. O Kremlin descartou na segunda-feira (24) os relatos sobre os planos de instalar um líder pró-Rússia na Ucrânia e classificou os boatos como “histeria”.

    “As tensões estão aumentando devido a ações concretas tomadas pelos EUA e pela Otan”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

    “Quero dizer, a histeria informacional, que estamos testemunhando, é generosamente enquadrada por uma enorme quantidade de informações falsas, apenas mentiras e falsificações”, acrescentou.

    Autoridades do Departamento de Estado dos EUA disseram a repórteres no domingo (23) que a decisão de reduzir o pessoal da embaixada não se deveu a nenhuma mudança nos níveis de ameaça aos americanos no país.

    As autoridades disseram que a medida ocorreu em parte porque a assistência do Departamento de Estado seria “severamente impactada” se houver uma ação militar russa na Ucrânia.

    Além da redução de pessoal dos EUA em sua embaixada em Kiev, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido também anunciou na segunda-feira que alguns funcionários e dependentes da embaixada britânica estavam sendo retirados em resposta às crescentes ameaças da Rússia.

    Os EUA continuam a se envolver diplomaticamente com a Rússia, mas as negociações recentes não conseguiram trazer nenhum avanço.

    A Rússia disse que os EUA e a Otan devem se comprometer a nunca admitir a Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte, e retirar as implantações militares dos países do Leste Europeu, incluindo a Romênia e a Bulgária.

    Os EUA têm dito repetidamente que essas demandas são inacessíveis, embora o secretário de Estado, Antony Blinken, tenha declarado na semana passada que os EUA responderiam por escrito às demandas de Moscou após sua reunião com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.

     

    (Texto traduzido. Clique aqui para ler o original em inglês)

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