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    Setor quer produzir de 10 a 15 milhões de testes da Covid-19 por mês, diz representante

    À CNN, vice-presidente da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial disse que cadeia produtiva realiza "força tarefa" para atender alta na demanda causada pela Ômicron

    Juliana AlvesGiovanna Galvanida CNN , em São Paulo

    A demanda por testes de Covid-19 no Brasil subiu ao menos 500% nas últimas duas semanas, e o setor produtivo no país realiza uma “força-tarefa” para entregar testes na velocidade necessária, afirmou o vice-presidente da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, Fúlvio Facco, à CNN neste domingo (23).

    Segundo Facco, a intenção é aumentar a capacidade para produzir de 10 a 15 milhões de testes por mês e, assim, conseguir atender uma demanda que prevê a identificação de casos sintomáticos e assintomáticos da Covid-19.

    Facco explica que a indústria de diagnóstico in vitro estava em um ritmo decrescente de produção desde novembro, e que a nova onda da variante Ômicron também pegou esse setor de surpresa.

    A expectativa, agora, é que uma possível aprovação dos autotestes da Covid possa dar um fôlego ao setor e complementar uma política de rastreamento e isolamento no contexto da pandemia, disse o representante.

    “Nós vemos com bons olhos a entrada do autoteste, dada a circunstância. Vai ser uma ferramenta adicional nessa nossa luta por diagnosticar de maneira precoce os casos, fazer com que a pessoa consiga se isolar e tentar quebrar essa cadeia de contaminação”, afirmou.

    “O cidadão poderia receber isso de maneira gratuita em postos de saúde e verificar, uma vez contaminado, se ele já negativou e pode deixar de ficar isolado. A pessoa que está com suspeita pode fazer autoteste sem se deslocar para laboratório ou hospital e participar de mais aglomerações”, exemplificou.

    Segundo Facco, o setor apoia uma “descentralização da testagem” a fim de fazer com que o contato entre contaminados e não contaminados seja cada vez menor no país. Ele contesta, no entanto, a ausência de um ritmo mais acelerado de rastreamento e monitoramento no âmbito público.

    “Sem duvida, o Brasil é dos países que menos testa. A Argentina testa 20 vezes mais proporcionalmente do que o Brasil. É hora de mudar a maneira de enfrentar essa pandemia, porque a pandemia não vai parar em dois meses e a gente vai precisar dessas ferramentas todas”, avaliou.

    Fúlvio Facco afirmou que, mesmo que a Ômicron desacelere, o setor já repensa como irá manter seus estoques caso existe uma nova onda no futuro.

    “Toda a cadeia produtiva está repensando os estoques de segurança e a estratégia em relação ao tempo de fabricação dos insumos. A partir de agora, acreditamos que poderemos conseguir evitar esse tipo de racionalização que está acontecendo”, declarou.

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