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    “Vamos precisar de vacinas que protejam contra formas leves”, diz infectologista

    Em entrevista à CNN, Renato Kfouri também discutiu a importância da vacinação de crianças sem atrasos intencionais: "adiar é a pior escolha nesse momento"

    Duda CambraiaGiovanna Galvanida CNN em São Paulo

    Apesar da vacinação contra a Covid-19 provar-se efetiva mesmo em meio a um aumento de casos ocasionados pela variante Ômicron, o próximo passo será pensar em imunizantes que consigam, também, combater casos leves da doença na população.

    Essa é a avaliação que Renato Kfouri, médico pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), fez à CNN neste sábado (22) quando questionado sobre o impacto da imunização infantil no cenário da pandemia e sobre o avanço de casos no país.

    “A vacina tem protegido muito a despeito do numero de casos. Se tivéssemos uma onda como esta com a [variante] Gama em uma população não vacinada, o colapso do sistema de saúde seria enorme”, observou o infectologista.

    “Mas vamos precisar de vacinas que protejam contra formas leves. Ter muitos casos sobrecarrega o sistema de saúde. Prevenir formas leves é importante. Acho que esse é o próximo caminho da segunda geração de vacinas, que estará mais atualizada”, afirmou Kfouri.

    Vacinação infantil

    Em relação às crianças, o cenário mostra-se positivo para que, na retomada das aulas, a maioria dos alunos acima de 5 anos já tenham recebido ao menos a 1ª dose dos imunizantes da Pfizer ou Coronavac, disse Kfouri.

    O pediatra ressaltou que não há necessidade nem indicação em se escolhe entre as vacinas, mas que a Pfizer deve ser reservada, pela quantidade menor de doses disponíveis, a crianças de 5 anos e imunossuprimidas – uma faixa que a Coronavac não engloba, segundo o que foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    “O que não podemos fazer é adiar a vacinação. Isso pode significar a diferença entre seu filho estar infectado ou não. É a pior escolha nesse momento”, afirmou o pediatra.

    “Não é desprezível o número de casos, de óbitos e internações em crianças. A Covid sozinha matou mais do que todas as doenças preveníveis por vacinas no calendário infantil”, destacou.

    Vacinação de crianças contra a Covid-19 no Brasil