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    Coronavac e Pfizer para crianças são similares em níveis de proteção, diz pediatra

    Em entrevista à CNN, o pediatra e presidente SBIm, Juarez Cunha, falou sobre a importância em termos disponibilizadas duas vacinas ao público infantil no país

    Anna Gabriela CostaLayane Serranoda CNN Em São Paulo

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quinta-feira (20), o uso da vacina Coronavac contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos – com restrição da aplicação em imunossuprimidos dessa faixa etária. A vacina da Pfizer também foi autorizada para o uso em crianças, em dezembro do ano passado, pela Anvisa, ao público de 5 a 11 anos, com uma dosagem inferior à aplicada em adultos.

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (21), o pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, falou sobre a importância em termos disponibilizadas duas vacinas ao público infantil no país. Para o médico, ambas são similares em níveis de proteção, o que reitera a informação de que escolher imunizante torna-se desnecessário diante do cenário pandêmico.

    “Temos dados em vida real, em especial no Chile – dados que foram usados pela Anvisa para aprovação da vacina – esses dados  mostram uma alta proteção em especial para as formas graves; mas mostram proteção de 74% para doença sintomática e mais de 90% para hospitalização. Então são números muito semelhantes aos números que a gente tem da Pfizer”, destacou o pediatra.

    O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações destaca que é motivo de comemoração o Brasil ter duas vacinas destinadas às crianças, considerando que as novas doses aprovadas da Coronavac contribuirão para o aceleramento da imunização infantil.

    “Só com a vacina da Pfizer levaria mais tempo para conseguirmos atingir toda essa população, que são calculadas 20 milhões de crianças, com duas doses, seriam 40 milhões. Ter dois produtos seguros e eficazes, isso deve ser muito comemorado nos dias de hoje”, disse Juarez Cunha.

    O aumento de internações – entre não vacinados e crianças – foi destacado pelo médico como fato importante para agilizar a vacinação do público infantil contra a Covid-19.

    “Com a Ômicron foi observado um aumento de transmissão e consequentemente de internação, e atingiu principalmente os grupos não vacinados e as crianças. Quanto mais cedo tivermos o maior percentual de qualquer faixa etária [vacinando], e a possibilidade de diminuir a faixa etária dessas crianças, esses dois produtos vão contemplar de forma bastante eficaz em forma de proteção”, afirmou.