Bitcoin cai quase 11% nesta sexta-feira com Fed e proposta de governo russo
Ativo acumula queda de 10% nos últimos sete dias
O bitcoin derreteu nesta sexta-feira (21), enquanto investidores desmontam suas carteiras em ativos mais arriscados, desde que o Fed (Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos), sinalizou que poderia relaxar o estímulo econômico de forma mais agressiva do que o esperado.
Segundo o Refinitiv, por volta das 18h50, horário de Brasília, a moeda digital era cotada a US$ 37,40, com desvalorização de 10,78%.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do BC norte-americano anunciou três altas de juros em 2022 e mais três altas de juros em 2023. Quando os juros sobem, a renda fixa fica mais atrativa e os ativos de renda variável perdem espaço.
“Apesar de estarmos no mesmo patamar de um ano atrás, o sentimento do mercado é o oposto. Enquanto investidores acreditavam no começo de 2021 que a criptomoeda poderia crescer, hoje, o mercado teme que o ativo desvalorize”, comenta Caio Villa, diretor de investimentos da exchange de cripto Uniera.
Mas o especialista afirma que esse é um dos melhores momentos para comprar a criptomoeda, “quando o bitcoin está em queda, surgem bons pontos de entrada”.
Criptomedas em análise
Outro ponto que também colabora com a queda da criptomoeda é a repressão por parte de diversos governos. Na última quinta-feira (19), o banco central da Rússia propôs proibir o uso de mineração dos ativos.
O país é uma das maiores nações de mineração de criptomoedas do mundo, mas seu banco central disse que os ativos digitais podem representar uma ameaça à estabilidade financeira do país.
A política russa surgiu meses após a China proibir tanto o comércio quanto a mineração do bitcoin.
Dessa forma, a criptomoeda mais valiosa do mundo já caiu mais de 10% nos últimos sete dias.
*Com Reuters e informações de Diksha Madhok, do CNN Business