Conselho da OMS recomenda vacina Pfizer de Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos
Grupo Consultivo de Vacinas da Organização das Nações Unidas ainda não havia feito recomendação sobre a vacinação desse grupo etário
O Grupo Consultivo de Vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS), SAGE, na sigla em inglês, atualizou as recomendações de uso do imunizante Pfizer/BioNTech contra Covid-19 e agora inclui crianças a partir de cinco anos de idade, com uma dosagem reduzida sendo aplicada na faixa-etária entre cinco e 11 anos, informou Alejandro Cravioto, presidente da SAGE, nesta sexta-feira (21).
Anteriormente, a SAGE não fazia nenhuma recomendação sobre a vacinação desse grupo etário.
Os conselheiros se reuniram na quarta-feira (19) para discutir recomendações atualizadas sobre a vacina Pfizer/BioNTech.
“Para a vacina Pfizer/BioNTech da Covid-19, a SAGE revisou novas evidências sobre a idade de aplicação”, disse Cravioto durante uma coletiva de imprensa.
“Atualizamos as recomendações provisórias deste produto [a vacina da Pfizer] para estender a indicação de idade para cinco anos, com uma dosagem reduzida para aqueles de cinco a 11 anos.”
As recomendações da SAGE Pfizer/BioNTech dizem que o uso pretendido da vacina é para pessoas de cinco anos ou mais, com um esquema recomendado de duas doses, 30 microgramas para maiores de 12 anos e 10 microgramas para crianças de cinco a 11 anos, aplicadas com um intervalo de quatro a oito semanas.
Cravioto observou que essa faixa etária está no grupo de uso de menor prioridade para vacinação no roteiro de vacinação da OMS, exceto crianças com comorbidades que estão entre as pessoas de alta prioridade.
Os reforços da vacina Pfizer para todas as idades também foram abordados. Anteriormente, a OMS recomendava doses adicionais de vacina apenas para aqueles que estavam imunocomprometidos.
Agora, esta atualização é a mais robusta recomendação sobre a segunda dose que a organização já fez.
“A SAGE atualizou a recomendação provisória para o uso de doses de reforço da vacina Pfizer BioNTech, enfatizando a necessidade de começar com os grupos de uso mais prioritários, como idosos e profissionais de saúde, quatro a seis meses após a conclusão da série primária”, disse Cravioto, acrescentando que o objetivo da segunda é restaurar a eficácia da vacina da série primária, que vem diminuindo ao longo do tempo.
As recomendações provisórias da SAGE dizem que, se mais de seis meses se passaram desde a conclusão da primeira série, os reforços devem ser administrados aos grupos de prioridade mais alta o mais rápido possível.
Uma vez que haja alta cobertura de dose de reforço nas pessoas com prioridade, a segunda dose para grupos de baixa prioridade pode ser considerada.