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    Anvisa e Saúde realizaram reunião sobre autotestes sobre Covid-19 nesta sexta

    Não foram divulgadas ainda, no entanto, as propostas sobre o tema

    Ingrid OliveiraKaluan BernardoLucas Rochada CNN

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu com o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (21) para discutir a implementação dos autotestes no país.

    Não foram divulgadas ainda, no entanto, as propostas sobre o tema.

    Inicialmente a reunião havia sido adiada para segunda-feira (24), mas o Ministério da Saúde solicitou manutenção do encontro para sexta-feira (21).

    De acordo com a Anvisa, na reunião “foram debatidos detalhes necessários para a implantação do auto teste, buscando o preenchimento de possíveis lacunas na construção da proposta”.

    Participaram da reunião o diretor da Agência, Romisson Mota, técnicos da área de tecnologia de produtos para a saúde e pelo Ministério da Saúde o secretário executivo Rodrigo Cruz, a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite e técnicos daquela pasta.

    A Saúde solicitou a autorização da Anvisa para liberação de autotestes no Brasil no dia 13 de janeiro de 2021.

    O documento enviado à agência dizia que aprovação [do autoteste] é uma estratégia complementar ao Plano Nacional de Expansão da Testagem, política pública lançada pela pasta em setembro.

    Na quarta-feira (19), a Anvisa havia pedido mais esclarecimentos ao Ministério da Saúde, sobre a pública que permitirá a utilização dos autotestes de detecção da Covid-19 no Brasil.

    Critérios da Anvisa para autorização do autoteste

    Como critério, a agência estabelece que o registro de autoteste de doenças infectocontagiosas de notificação compulsória, como a Covid-19, só podem ser feitos caso haja uma política de saúde pública e estratégia de ação estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

    O documento enviado pelo Ministério diz que os testes de antígeno para a detecção do SARS-CoV-2 fazem parte de uma política de saúde pública consolidada pelo MS, de forma que o autoteste deverá ser utilizado de forma complementar, como estratégia de triagem.

    Como funcionam os autotestes

    Os exames podem ser feitos em casa, pela própria pessoa — assim como indicadores de diabetes ou HIV. Anvisa, contudo, informa que os testes não são conclusivos para o diagnóstico.

    O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Naime Barbosa, falou à CNN que é favorável a utilização da metodologia, especialmente no contexto do aumento do número de casos da doença no país.

    “Em uma situação de emergência, os autotestes têm a facilitação de conseguir confirmar ou não o resultado relativo à Covid, desafogar o sistema público que está lotado de síndrome gripal e tirar um pouco da exposição que os profissionais de saúde estão condicionados, por conta da testagem.”

    A cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar também se mostra favorável aos testes. Contudo, ela disse à CNN que é necessário haver uma orientação direcionada à população, de forma a ensinar sobre o uso e, principalmente, sobre a notificação de casos positivos.

    “Com o autoteste queremos aumentar a possibilidade do diagnóstico para a população. Para o autoteste ser seguro, primeiro precisamos ensinar a população, o autoteste é simples por definição. O importante é ter ele liberado, aprovado, mas que treine a população”, afirma.

    Com informações de Anna Gabriela Costa, da CNN

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