Chuvas de 2022 já afetam inflação no Brasil, diz Campos Neto
Ainda segundo ele, essa pressão inflacionária já será levada em conta para decisões da política monetária
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o excesso de chuvas em algumas regiões no início de 2022 já pressionam a inflação do país.
“A inflação em 12 meses no Brasil está perto do pico, mas ainda vemos aumento de preços do petróleo e problemas climáticos. Regiões do país com muita chuva ou seca já tiveram a colheita prejudicada e isso já afeta o preço da comida”, disse ao palestrar em evento promovido pelo Santander nesta quinta-feira (20).
Ainda segundo ele, essa pressão inflacionária já será levada em conta para decisões da política monetária. O Comitê de Política Monetária Nacional (Copom) se reúne pela primeira vez no ano na primeira semana de fevereiro.
Campos Neto ainda reforçou a ideia de que a inflação no Brasil está sendo importada e intensificada pela crise energética. “Se imaginarmos que a inflação energética do Brasil fosse na média dos demais países, a inflação total do Brasil seria menor que a dos Estados Unidos”, comentou.
O chefe da autoridade monetária ainda reforçou a posição do BC de que é importante atacar a inflação ante que a expectativa se desancore.