Preços de petróleo caem de máxima de 2014 e preocupação com oferta limita perdas
Indícios de alta nas ações dos EUA e lucro de investidores após uma recente alta estão entre os motivos para o recuo
O petróleo recua nesta quinta-feira (20) devido a indícios de alta nas ações dos Estados Unidos e à medida que os investidores obtiveram lucros após uma recente alta de preços, mas a forte demanda e as interrupções na oferta de curto prazo continuam a sustentar os preços próximos ao seu maior nível desde 2014.
Os futuros do Brent caíam US$ 0,45, ou 0,5%, a US$ 87,99 por barril às 09:42 (horário de Brasília), depois de baixarem mais de US$ 1 nas negociações anteriores. A referência global subiu para US$ 89,17 na quarta-feira (19), a maior desde outubro de 2014.
Os futuros de petróleo bruto dos EUA para entrega em fevereiro recuavam US$ 0,46, ou 0,5%, a US$ 86,50 por barril, depois de perderem quase US$ 1 anteriormente. O contrato, que expira na quinta-feira, subiu para US$ 87,91 na véspera.
O contrato WTI mais ativo, com vencimento para março, caiu US$ 0,34, ou 0,4%, para US$ 85,46.
“As vozes daqueles que prevêem US$ 100 por barril de petróleo estão ficando mais altas a cada dia”, disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.
As preocupações com o abastecimento aumentaram nesta semana depois que um incêndio interrompeu temporariamente os fluxos de um oleoduto que ia de Kirkuk, no Iraque, ao porto turco de Ceyhan, na terça-feira.
Um ataque dos houthis do Iêmen aos Emirados Árabes Unidos, o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), aumentou os riscos geopolíticos.
O mercado também é apoiado por déficits de oferta do grupo de produtores da Opep+, composto pela Opep e aliados liderados pela Rússia. A Agência Internacional de Energia (AIE) disse na quarta-feira que o grupo produziu cerca de 800 mil barris por dia (bpd) abaixo de suas metas de produção em dezembro.