Varejo reage à decisão de estados de tirar da pauta discussão sobre alta do ICMS de compras internacionais
Decisão dos Estados de voltar atrás no aumento do ICMS ocorreu durante uma reunião com os secretários da Fazenda nesta quarta
O varejo reagiu à decisão dos estados de recuar da discussão da proposta que elevaria a alíquota do ICMS que incide sobre compras feitas por brasileiros em sites estrangeiros.
A decisão de voltar atrás ocorreu durante uma reunião com os secretários da Fazenda. O assunto foi retirado de discussão a pedido de integrantes do grupo, segundo o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz).
Para Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), não tratar a questão do alinhamento da alíquota do ICMS de 17% praticado nas importações de pequeno valor com a que são submetidas as empresas de varejo, em média de 25%, é não corrigir a disparidade competitiva que vem sendo submetida às empresas nacionais.
“É um cenário que vem se agravando quando consideramos também que, para esse tipo de importação, o Imposto de Importação foi reduzido a zero”, diz.
A ideia de aumentar a alíquota do ICMS atende ao pleito do setor varejista nacional, que alega competição desleal com empresas estrangeiras.
Jorge explica que, além do desincentivo ao investimento na abertura de novas lojas, é um desincentivo ao emprego e geração de renda. O presidente do IDV diz que acredita na sensibilidade do Comsefaz para o assunto e que a pauta será retomada em uma próxima reunião.
“É importante destacar que na eventualidade de alguma decisão ser tomada pelo Comsefaz em outra oportunidade, no sentido de revisar o valor atual da alíquota, a alteração terá que ser aprovada pelas respectivas Assembleias Legislativas dos 26 estados, além do Distrito Federal”, disse o Comitê em nota.