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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Análise: Polarização vira tábua de salvação de Lula na eleição em Salvador

    Com perfil moderado, Bruno Reis (União Brasil), o atual prefeito, lidera na capital baiana e disputa sem candidato do PT

    Em mais um capítulo da estratégia pragmática do PT nas eleições municipais de 2024, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu mão de lançar candidato próprio em Salvador para apoiar o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), mas enfrenta um candidato que tem o apoio do bolsonarismo sem recorrer a Jair Bolsonaro (PL).

    Aliado do ex-prefeito ACM Neto, o atual prefeito, Bruno Reis (União Brasil) apareceu na pesquisa Atlas Intel divulgada ontem com 51,4% das intenções de voto, contra 18,4% de Geraldo Júnior (MDB) e 8,4% de Kleber Rosa (PSOL).

    Segundo o cientista político Andrei Roman, CEO do Instituto Atlas Intel, os bolsonaristas cobram que Reis dê mais destaque ao ex-presidente na campanha, mas isso não deve acontecer.

    “O Bolsonaro é muito rejeitado na capital baiana e lá ninguém o consegue vencer apenas com voto do bolsonarismo. Para o Bruno Reis, não vale a pena destacar demais o Bolsonaro, já que ele vai atrair esses votos por exclusão”, disse Roman à CNN.

    O CEO da Atlas explica que existe em Salvador (e em todo Nordeste) um eleitorado que não é ideologicamente de esquerda, mas vota no Lula.

    Nesse cenário, segundo Roman, a campanha de Geraldo Junior deve seguir a mesma estratégia de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, e tentar colar no prefeito o selo de bolsonarista, para tentar nacionalizar o pleito.