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    Mauro Cid presta depoimento à PF por mais de oito horas

    Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro deixou a sede da Polícia Federal por volta da 0h15

    João RosaElijonas MaiaJussara Soaresda CNN , São Paulo

    Durou mais de oito horas o depoimento à Polícia Federal (PF) do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

    Ele começou a ser ouvido sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado às 15h de segunda-feira (11). O depoimento, que terminou por voltado das 23h30, foi tomado na sede da PF em Brasília. Ele deixou o prédio por volta de 0h15.

    Mensagens trocadas com militares e reuniões sobre as “minutas golpistas” eram alguns dos focos da oitiva.

    O depoimento de Cid fez parte do acordo de colaboração premiada que ele fechou com a PF.

    A oitiva do ex-ajudante de ordens ganhou ainda mais relevância após após dois ex-comandantes das Forças Armadas confirmarem reuniões para tratar de termos de uma minuta para um golpe de Estado.

    No dia 16 de fevereiro, o ex-comandante da Aeronáutica tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior disse à Polícia Federal ter presenciado as reuniões.

    Em 1º de março, foi a vez de o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes confirmar a informação, conforme revelou a CNN.

    O depoimento de Cid foi convocado pela PF com o objetivo de esclarecer lacunas sobre mensagens encontradas nos celulares e documentos de Cid, e pontos ainda em aberto após as dezenas de depoimentos de testemunhas sobre o golpe de Estado e a “Abin paralela”.

    O advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa do ex-ajudante de ordens, afirmou à CNN que o tenente-coronel não omitiu nenhuma informação e que não teria medo de nada.

    Cid já prestou vários depoimentos a autoridades. Em oitivas anteriores, ele omitiu a informação que Bolsonaro teria planejado dar um golpe de Estado para se manter no poder.

    Segundo apurou a CNN, o militar reconheceu que foram promovidas reuniões nas quais se discutiram “minutas golpistas”, mas não mencionou se o ex-presidente cogitava levar um plano adiante.

    Bolsonaro é investigado em inquérito que apura se pretendia decretar estado de sítio ou de defesa para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse o Palácio do Planalto.

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