A ideia de criar uma espécie de “vale-carne” está em análise no governo federal, mas tem poucas chances de avançar, na avaliação do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

“Está em estudo, com grande chance de não dar certo”, afirmou o ministro ao blog.

Nos bastidores, a ideia de criar um voucher para a compra de carne a ser distribuído aos beneficiários de programas sociais é vista com ressalvas por fontes do governo ouvidas pelo blog.

Há quem veja pouco sentido em beneficiar apenas um setor com a medida. Também há o entendimento de que a ideia faria pouco sentido dado o atual momento de aperto fiscal.

Segundo informou a âncora Raquel Landim na semana passada, o tema nem sequer chegou a ser tratado no Ministério da Fazenda.

A proposta de um “vale-carne” nasceu da sugestão de um grupo de pecuaristas do Mato Grosso do Sul, que apresentou o projeto a Teixeira ainda no ano passado.

A ideia, revelada na semana passada pelo jornal O Estado de S. Paulo, chegou a ser repassada a outras áreas do governo para avaliação. Mas não há nenhuma decisão de tirá-la do papel até o momento.

A proposta é vista no governo como uma tentativa dos pecuaristas de estimular as vendas no setor, que teve queda na demanda nos últimos anos. O valor sugerido pelos pecuaristas é de R$ 35.

A ideia, entretanto, traz à memória o fato de o presidente ter feito campanha prometendo que os brasileiros voltariam a comer picanha caso ele retornasse ao Palácio do Planalto.