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    Ômicron e influenza causam baixa de ao menos 50 mil funcionários no comércio do Rio

    Os dados fazem parte de um cruzamento de dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

    Lucas Janoneda CNN Rio de Janeiro

    O comércio da cidade do Rio de Janeiro foi diretamente afetado pelo surto da nova variante Ômicron da Covid-19 e da epidemia de Influenza.

    Pelo menos 50 mil funcionários do setor foram afastados dos postos de trabalho com sintomas de síndrome respiratória entre 24 de dezembro e 10 de janeiro.

    Os dados fazem parte de um cruzamento de dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    Um levantamento feito pela ACRJ, a pedido da CNN, mostra que aproximadamente 12% de todo o contingente de funcionários do comércio carioca foi acometido pela nova onda de Covid-19 e pelo surto de gripe na capital fluminense.

    Já os dados da Confederação Nacional do Comércio, encomendados pela CNN, apontam que, em média, a cidade do Rio de Janeiro possui 382 mil vagas formais apenas destinadas ao comércio.

    Para o vice-presidente da ACRJ, Ricardo Salles, as lojas e os shoppings não são os principais responsáveis pelo alto número de contaminados, e sim o transporte público, intitulado por ele como o ‘vetor’ para a disseminação de ambas as doenças virais.

    “Por mais que a gente tenha instalações adequada nos estabelecimentos para os funcionários trabalharem, o transporte público peca demais na circulação dos vírus. E essas condições inadequadas, as aglomerações e a falta de renovação de ar nos transportes públicos têm uma parcela grande nesse número alto de contaminações”, disse à CNN, Ricardo Salles, também diretor do Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR).

    Tradicional loja de roupa do Brasil, a Farm, precisou fechar a loja localizada na Zona Sul da Capital carioca durante um dia por falta de funcionários. Além disso, o estabelecimento afirmou que funcionará com horários reduzidos por tempo indeterminado para evitar mais contágios dos trabalhadores.

    “A Farm vem acompanhando o aumento de casos de Covid-19 e reduziu o horário de funcionamento da loja por tempo indeterminado. A marca também orientou o home-office para todos os funcionários que trabalham de forma híbrida ou viajaram na última semana de dezembro”, diz o comunicado oficial.

    O epidemiologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Celso Ramos, afirma que os estabelecimentos comerciais fechados também são grandes responsáveis pela contaminação de Covid-19.

    “Em um local fechado a chance de contágio pelo vírus é infinitamente maior do que em lugares abertos. O transporte público é um grande responsável, mas acredito também que shoppings centers também ajudem neste alto número de infecções”, finalizou.

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