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    Governo tem condição de dobrar o número de leitos de UTI, diz Queiroga

    Ministro da Saúde reconheceu que o Brasil pode estar passando por uma terceira onda de casos de Covid em razão da variante Ômicron

    Tiago Tortellada CNN

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (13) que o governo federal pode dobrar o número de leitos de terapia intensiva para suportar o aumento da demanda de pacientes com a Covid-19, caso seja necessário.

    Vários estados registram aumento na taxa de ocupação de UTI. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pelo menos dez capitais têm taxa de ocupação de UTI para Covid-19 acima de 60%.

    Queiroga afirmou que isso ocorre devido à desativação de leitos e não necessariamente por uma pressão no sistema de Saúde como ocorreu entre março e abril de 2021.

    “Não quer dizer que há um número de internação maior. Às vezes é porque o número de leitos ficou menor devido à desativação. O governo tem a condição de dobrar o número de leitos de terapia intensiva”, disse.

    Mesmo assim, o ministro pontuou que, se houver um aumento no número de pacientes que demandem atendimento médico, o sistema de Saúde está mais capacitado e preparado.

    Conforme explicou, esse seria um legado positivo da pandemia: o fortalecimento do complexo econômico e industrial da Saúde no Brasil.

    Queiroga reconheceu que o país pode estar passando por uma terceira onda de casos de Covid, em razão da variante Ômicron. Porém, disse que será necessário observar o impacto da nova cepa tanto no crescimento de casos quanto das internações.

    O ministro pediu para que a população receba a segunda dose de vacinas contra a Covid-19 e pediu a ajuda de secretários de saúde, governadores e prefeitos para isso.

    Autotestes para Covid

    Mais cedo, o Ministério da Saúde solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização de uso de autotestes para Covid-19 no Brasil.

    O ministro comentou que os testes serão vendidos nas farmácias e que os estabelecimentos devem orientar a população sobre como fazer o exame. A indústria também deve deixar tutoriais “acessíveis, explicando como é o teste”. “O objetivo é ampliar o acesso ao diagnóstico”, afirmou Queiroga.

    O pedido da pasta vem em meio ao aumento exponencial pela procura de testes para a Covid-19 no Brasil. Muitos locais pelo país já relatam falta dos exames, como no estado de São Paulo.

    Queiroga afirmou que o ministério continua fazendo a distribuição. O total de janeiro deve chegar a 28 milhões, enquanto outros 7,8 milhões já estão garantidos para fevereiro.

    Vacinação de crianças

    O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer contra a Covid nesta quinta. Até o fim de março, devem ser entregues 20 milhões de doses.

    O Instituto Butantan se reuniu com a Anvisa para tratar da utilização da Coronavac em crianças e adolescentes. A agência deve anunciar uma decisão até o fim da próxima semana.

    Na coletiva, Queiroga afirmou que, após a manifestação da agência reguladora, o ministério analisará os termos para decidir sobre a inclusão ou não da Coronavac no Programa Nacional de Imunizações (PNI).