Bebê do álbum “Nevermind” volta a processar Nirvana
A nova queixa chega nove dias depois que juiz americano rejeitou processo anterior
O homem retratado nu quando bebê no álbum “Nevermind”, do Nirvana, de 1991, retomou processo acusando a banda de explorá-lo sexualmente, depois que um juiz dos Estados Unidos rejeitou uma versão anterior do caso.
Spencer Elden sustentou em uma nova ação apresentada na quarta-feira (12) em Los Angeles que a “natureza lasciva de sua imagem” equivalia a “pornografia infantil”, que ajudou a banda a arrecadar dezenas de milhões de dólares às suas custas.
O baterista Dave Grohl e o baixista Krist Novoselic, Courtney Love, viúva do vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, várias gravadoras e o fotógrafo Kirk Weddle estão entre os 10 réus. Elden busca pelo menos 150 mil dólares de cada.
Os advogados dos réus não responderam imediatamente nessa quinta-feira (13) aos pedidos de comentários.
A capa de “Nevermind” mostrava Elden, então com 4 meses de idade, nadando nu em direção a uma nota de 1 dólar perfurada com um anzol – uma imagem que Elden disse ter lhe causado “danos ao longo da vida”.
Elden apresentou a nova queixa nove dias depois que o juiz distrital Fernando Olguin rejeitou uma versão anterior porque Elden não havia respondido à moção dos réus para encerrar o caso.
A última reclamação inclui uma declaração do diretor de arte Robert Fisher, descrevendo uma foto que ele usou para um modelo da capa de “Nevermind” que mostrava um bebê diferente e não mostrava seu pênis.
Elden disse que a banda decidiu criar sua própria foto para economizar dinheiro, com Cobain ironicamente sugerindo que a capa incluísse um adesivo de advertência dizendo: “Se você está ofendido com isso, você deve ser um pedófilo no armário”.
Fisher foi descartado como réu no mês passado.
“Nevermind” vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo. O disco conta com a canção “Smells Like Teen Spirit”. Grohl agora lidera a banda Foo Fighters. Cobain morreu em 1994.