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    Transmissão da Ômicron é como “rastilho de pólvora”, diz infectologista

    Em entrevista à CNN, a infectologista Rosana Richtmann afirmou que número elevado de casos expõe grupos mais suscetíveis à Covid grave

    Layane Serranoda CNNRenata Souzada CNN* , em São Paulo

    Em entrevista à CNN, a infectologista do Hospital Emílio Ribas e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Rosana Richtmann, afirmou que a transmissibilidade da variante Ômicron é como um “rastilho de pólvora”.

    “Eu nunca vi, nesses dois anos de pandemia, um número tão grande, tão expressivo, de casos novos, diariamente. Famílias e famílias: começa pelo filho, amanhã é a mãe, o pai, o irmão. É muito rápida a transmissão dessa nova variante”, exemplificou a infectologista.

     

    Rosana explicou que, apesar de a variante Ômicron induzir a casos mais leves da Covid-19, o número elevado de contaminações expõe pessoas mais suscetíveis a desenvolver a doença em sua forma grave, como crianças e não-vacinados.

    Com o aumento de número de casos, também cresceu o número de hospitalizações. Segundo dados do Centro de Contingência Contra a Covid-19 de São Paulo, o número de pessoas internadas em leitos de UTI no estado aumentou em 58% nas últimas semanas. 

    A infectologista ainda afirmou que a imunização das crianças é fundamental neste momento em que as pessoas não-vacinadas representam a maioria das internações.

    Segundo Rosana, “as crianças respondem super bem [à vacina]. Nos estudos, a primeira dose que você faz a uma criança, você praticamente já está com uma proteção muito maior do que quando a gente compara com nós adultos com uma dose só”.

    Além da vacinação, a infectologista reforça que “a máscara continua sendo a melhor barreira” contra à Covid.

    *Sob supervisão de Rafaela Lara

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