Nikolas foi surpresa e ministro vai ter que subir o tom, dizem fontes da articulação política
Deputado federal foi escolhido para a presidência da Comissão de Educação da Câmara pelo PL
A escolha do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) para a presidência da Comissão de Educação pelo PL foi uma surpresa para a articulação política do governo. A avaliação de fontes ouvidas pela CNN é que o ministro Camilo Santana terá que subir o tom no enfrentamento político.
“Ele vai ter que tocar um pouco mais de bumbo do que de violino”, disse uma fonte do governo, parafraseando o ex-ministro da Justiça e atual ministro do STF, Flavio Dino.
Camilo Santana, titular da Educação, é conhecido pelo estilo mais afável e discreto desde que chegou na Esplanada. Procurado, o ministro não retornou o contato.
A articulação política do governo também minimiza o impacto das escolhas de nomes da oposição para as comissões de Educação e de Constituição e Justiça. O argumento é que a pauta econômica está preservada.
A Comissão Mista de Orçamento ficou com o PP, de Arthur Lira, presidente da Câmara. O nome ainda não foi escolhido, mas, segundo apurou a CNN, será um nome mais palatável ao governo.
Fontes ligadas ao presidente da Câmara relatam que Lira tentou evitar a escolha de nomes tão desfavoráveis ao governo, mas não pode evitar depois do desgaste provocado pelas investigações envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e a prisão de Valdemar Costa Neto.
Segundo apurou a CNN, a resistência foi tanta que os partidos de oposição chegaram a ameaçar boicotar o quórum para a instalação das comissões. Lira, então, teria dito que, se isso ocorresse, paralisaria todos os trabalhos até junho, segundo fontes. Só houve acordo neste momento.