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    Cientistas desenvolvem primeiro display OLED flexível impresso em 3D

    A tecnologia consiste em diodos feitos de material orgânico que emitem a própria luz

    Amanda Andradecolaboração para a CNN

    Pesquisadores da Universidade de Minnesota foram os primeiros a criar, totalmente a partir de impressão 3D, um display flexível de tecnologia OLED.

    A tecnologia consiste em diodos feitos de material orgânico que emitem a própria luz.

    A novidade foi revelada em estudo foi publicado na última sexta-feira (7) na revista científica Science Advances.

    Telas OLED têm se tornado populares por serem mais finas, leves e flexíveis, além de terem baixo consumo de energia e de oferecerem um ângulo de visão mais amplo e maior contraste.

    Elas podem estar presentes tanto em dispositivos maiores, como televisões e monitores, como em aparelhos menores — smartphones, por exemplo.

    A tecnologia por trás dessas telas é baseada na conversão da eletricidade em luz, a partir de camadas de material orgânico.

    Os diodos, ao serem estimulados por um campo eletromagnético, emitem luz individualmente, nas cores azul, vermelho e verde — que, combinadas, permitem a formação de cores fiéis e do preto puro.

    Neste estudo, os cientistas imprimiram seis camadas orgânicas que resultaram no display OLED. Ele tem 64 pixels e menos de 4 centímetros de comprimento e largura.

    “Displays OLED costumam ser produzidos em instalações grandes, caras e extremamente limpas. Queríamos ver se poderíamos condensar tudo isso e imprimir uma tela OLED na nossa impressora 3D, que foi personalizada e que custa quase o mesmo que um Tesla Model S”, disse Michael McAlpine, um dos autores do estudo e professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Minnesota, em comunicado à imprensa.

    Anteriormente, os pesquisadores já haviam testado a impressão 3D de displays, mas tiveram problemas com a uniformidade das camadas que emitem luz. Outros cientistas também conduziram pesquisas semelhantes, mas sem utilizar unicamente a impressão 3D, combinando-a com outros métodos.

    O resultado do trabalho, segundo Ruitao Su, coautor do estudo, mostra que telas OLED flexíveis, inteiramente impressas em 3D, podem ser úteis em muitas outras criações. “Podem ser usadas potencialmente em aplicações importantes em aparelhos eletrônicos e dispositivos vestíveis”, afirma.

    De acordo com os pesquisadores, o próximo passo é criar telas OLED com resolução mais alta e brilho aprimorado.

    “Isto é algo que criamos no laboratório. Não é difícil imaginar que possamos converter isso para a impressão de todo tipo de tela em qualquer lugar, daqui alguns anos, com uma impressora portátil pequena”, diz McAlpine em comunicado.

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