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    Não faz sentido reduzir quarentena para infectados com Covid, diz infectologista

    À CNN Rádio, Carlos Fortaleza afirmou que pico da doença é justamente a partir do 5º dia da doença e que nem sempre EUA é exemplo a ser seguido

    Teste de diagnóstico da Covid-19 em Porto Alegre (RS).
    Teste de diagnóstico da Covid-19 em Porto Alegre (RS). Cristine Rochol/PMPA

    Amanda GarciaBel Camposda CNN em São Paulo

    O Ministério da Saúde pode definir ainda nesta segunda-feira (10) se reduz o período de quarentena para cinco dias se o infectado pela Covid-19 estiver assintomático.

    Essa medida, na visão do presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, Carlos Fortaleza, é “desesperada” e só deveria ser tomada se o nível de absenteísmo nos serviços de saúde atingir um patamar que prejudique o atendimento e leve a possíveis mortes.

    Em entrevista à CNN Rádio, Fortaleza disse que “não faz sentido do ponto de vista científico”, já que o “pico da transmissibilidade acontece, justamente, entre o 5º e 6º dia após o diagnóstico positivo.”

    “Liberar a pessoa neste período desde que use máscara não faz nenhum sentido, isso foi uma concessão do CDC, dos Estados Unidos, à pressão econômica. É importante lembrar que os EUA não são um bom exemplo no controle da Covid-19”, completou.

    Diante da predominância da variante Ômicron no Brasil, Fortaleza avalia que é necessário “relativizar a questão de que ela é menos grave.”

    “As anteriores causavam internações em 5% dos casos, a Ômicron causa hospitalização em 1% dos casos, isso é uma matemática complexa, se chegar a milhões de infecções, teremos muitas internações e mortes.”

    O infectologista ainda explicou que há correntes de epidemiologistas que acreditam que a variante pode ser o “canto do cisne” da pandemia. Ela não irá desaparecer, mas pode ser mantida em níveis baixos.

    Outros especialistas, porém, também defendem que novas cepas podem surgir e manter alto o nível de casos.

    “O nosso sonho dourado é a Covid ir embora para nunca mais voltar, mas um desejo realista é ela continuar por aí, mas se torne como a gripe, que causa mortes, mas em números pequenos.”