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    Apenas uma dose não garante volta às aulas em segurança, diz médico

    Alerta é do pediatra e membro do departamento de pediatria da Sociedade Brasileira de Infectologia Marcelo Otsuka, que falou à CNN neste domingo (9)

    Raphael Coraccinida CNN Em São Paulo

    O atraso na liberação e compra das vacinas infantis contra a Covid- 19 deve fazer com que boa parte das crianças entre 5 e 11 anos fique sem imunizante para o retorno do ano letivo de 2022. Mesmo a aplicação de apenas uma dose não é suficiente para evitar a transmissão e a contaminação nas escolas.

    O alerta é do pediatra e membro do departamento de pediatria da Sociedade Brasileira de Infectologia Marcelo Otsuka, que falou à CNN neste domingo (9).

    “Uma dose só não será suficiente. Ter as duas também não é suficiente para zerar a transmissão, mas, com certeza, reduz bastante”, disse Otsuka.

    O especialista alerta para o potencial de transmissão das crianças em sala de aula, potencializado pela capacidade de reprodução da variante Ômicron. “Quem é vacinado e pega a Ômicron tem uma chance de transmitir para três outras pessoas”, afirmou.

    Ele destacou ainda que as crianças que não tomaram nem a primeira dose têm um potencial muito maior de transmissão. A vacinação vai depender mais da capacidade do governo de disponibilizar vacinas do que dos estados e municípios distribuírem os imunizantes para a população porque, segundo Otsuka, a eficiência operacional para aplicação não é exatamente um problema, ao menos para os estados mais populosos.

    “Muitos estados têm estrutura para fazer rapidamente a vacinação. Em alguns locais há dificuldade maior, mas o grande problema não é estrutura, mas ter a vacina”, afirmou.