Capitólio: Polícia Civil identifica primeira vítima fatal
Identificação das vítimas tem sido prejudicada pelo estado dos corpos, diz a polícia; um jovem de 14 anos e seu pai seguem desaparecidos
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Bombeiros realizam trabalho de buscas em lago de Capitólio (MG) onde um pedaço de rocha desabou sobre lanchas neste sábado (8), deixando dez mortos • Bombeiros/MG
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Trabalho dos Bombeiros em lago de Capitólio (MG); desabamento de rocha deixou ao menos três desaparecidos • CBMMG
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O desabamento de uma rocha em um cânion na cidade mineira de Capitólio deixou ao menos sete mortos e dezenas de feridos, segundo as autoridades • CBMMG
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“Temos uma encosta muito inclinada no cânion, com rochas sedimentares – como se fosse areia consolidada ao longo de milhões de anos. Esse tipo de material é muito suscetível às questões climáticas: chuva, sol, variação de temperatura”, diz o geólogo e professor do PROCAM da USP, Pedro Luiz Côrtes • CBMMG
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Trabalho dos Bombeiros em lago de Capitólio (MG); especialistas recomendam que lanchas de turismo mantenham distância das rochas • CBMMG
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Imagens que circulam nas redes sociais revelam que os ocupantes das embarcações foram alertados pelas pessoas ao redor sobre o risco de desabamento da estrutura rochosa • CBMMG
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Bombeiros e profissionais da Marinha participam das buscas por feridos e desaparecidos em Capitólio (MG) • CBMMG
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Vídeo mostra lanchas sendo atingidas por desabamento de pedras em Capitólio (MG) neste sábado • Reprodução/Redes Sociais
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Local onde Rocha se desprendeu do lado direito da cachoeira em Cânion na represa de Furnas, na cidade de Capitólio, interior de MG • Joel Silva / Foto Arena / Estadão Conteúdo
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Local onde Rocha se desprendeu do lado direito da cachoeira em Cânion na represa de Furnas, na cidade de Capitólio, interior de MG • Joel Silva / Foto Arena / Estadão Conteúdo
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Equipamentos usados pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais em buscas em Capitólio (MG) • Cobom MG
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Bombeiros de Minas Gerais usam barco em buscas em Capitólio (MG); total de mortes chegou a 10 • Cobom MG
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Força-tarefa localiza as dez vítimas de deslizamento de rocha em Capitólio, no lago de Furnas (MG) • Cristiano Machado/Imprensa MG
A Polícia Civil de Minas Gerais identificou neste domingo (9) a primeira vítima fatal do desabamento de rochas em Capitólio, que matou oito pessoas e deixou dois desaparecidos.
Julio Borges Antunes, de 68 anos, era natural de Alpinópolis, em Minas Gerais. Segundo a polícia, o corpo identificado já foi liberado para sepultamento.
Segundo o médico legista Marcos Amaral, do Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Passos, que atua no caso, apenas o estado do corpo de Julio Borges possibilitou uma identificação formal mais ágil por conta do estado de conservação.
“Infelizmente, os corpos estão com aspecto bastante prejudicado. Proceder com a identificação possível foi em apenas um caso”, disse o médico em entrevista coletiva neste domingo.
O delegado regional de Passos, Marcos de Souza Pimenta, disse que o foco das operações policiais está, neste momento, na identificação das vítimas e que os dois desaparecidos são um jovem de 14 anos e seu pai.
Apesar do reconhecimento formal ainda não ser possível, as famílias das vítimas já reconheceram outros corpos por conta de objetos pessoais como anéis e camisetas, além de características físicas como arcada dentária e tatuagens, além da presença de aparelhos dentários, disse o delegado.
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Destruição causada por fortes chuvas, em Minas Gerais - Dezembro/2021 • Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG)
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Destruição causada por fortes chuvas, em Minas Gerais - Dezembro/2021 • Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG)
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Destruição causada por fortes chuvas, em Minas Gerais - Dezembro/2021 • Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG)
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Destruição causada por fortes chuvas, em Minas Gerais - Dezembro/2021 • Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG)
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Destruição causada por fortes chuvas, em Minas Gerais - Dezembro/2021 • Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG)
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Destruição causada por fortes chuvas, em Minas Gerais - Dezembro/2021 • Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG)
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A identificação das outras vítimas, porém, foi classificada como “precária” pelo delegado, e o reconhecimento formal só deve ser possível depois do encaminhamento dos corpos para Belo Horizonte.
“O foco é identificar as vítimas, colher material genético para confrontá-los com fragmentos corporais que já encontramos para futura identificação em Belo Horizonte”, disse Pimenta.
Pimenta ressaltou ainda que, se não fosse o tempo chuvoso, a situação poderia ter sido pior porque é comum ter entre 50 e 100 pessoas nadando na região em um dia de sol.
Investigações
A apuração da Polícia Civil diz que todas as vítimas fatais estavam na lancha “Jesus”, e que as embarcações presentes na região no momento do desmoronamento saíram da região de Turvo e operavam legalmente.
O delegado responsável diz que vai ouvir geólogos para identificar se o desmoronamento teve alguma interferência humana, como o barulho das lanchas no canyon, ou se foi apenas resultado do desgaste natural das rochas.
A Marinha deve fazer uma investigação paralela à da Polícia Civil.