Ao menos seis capitais já registram ocupação de leitos superior a 60%, diz Fiocruz
Apesar da piora no cenário epidemiológico, instituição enfatiza que não existe ainda uma ‘pressão’ sobre os leitos de UTI
O boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta sexta-feira (7), aponta que pelo menos seis capitais brasileiras já apresentam taxas de ocupação em hospitais superiores a 60%. A alta procura por atendimento na rede pública ocorre em meio à disseminação da variante Ômicron no Brasil, dizem especialistas da instituição.
A comparação das taxas de internação foi feita com base nos dados da primeira semana de janeiro, com relação ao mês de dezembro de 2021. As informações foram compiladas na plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o documento, a cidade de Goiânia apresenta a pior taxa de ocupação hospitalar do país: 97% dos leitos ocupados. Empatadas na segunda posição aparecem Maceió e Fortaleza com 85% das vagas ocupadas. As três capitais registram ‘taxas críticas’ de Covid-19, aponta o boletim.
Com taxas intermediárias são observadas as seguintes capitais: Palmas (66%), Salvador (62%) e Belo Horizonte (73%). Apesar de ainda não confirmado, a Fiocruz aponta a cidade do Rio de Janeiro como o próximo local a registrar um deterioramento no cenário epidemiológico.
No âmbito estadual, o destaque negativo do relatório ficou para o Tocantins, onde a ocupação de leitos passou de 23% em dezembro para 62% em janeiro. Outro estado em atenção é o Piauí, local onde a rede estadual de saúde registrou um aumento de 5% no número de vagas ocupadas nas últimas semanas.
Apesar do alto número de casos de Covid-19 no Brasil e o aumento nas internações pela doença, a fundação enfatiza que não existe ainda uma ‘pressão’ sobre os leitos de UTI.
“Vale salientar que as taxas observadas não são comparáveis às verificadas no pior momento da pandemia, há quase um ano, considerando a redução no número de leitos destinados à Covid-19. Ainda é precoce, desta forma, afirmar que há uma nova pressão sobre os leitos de UTI, baseado apenas nos dados disponíveis e apresentados aqui. Entretanto, cabe manter a atenção sobre a evolução do indicador”, destaca a Fiocruz.
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