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    Japão e Austrália assinam pacto de defesa para cooperação mais estreita

    Austrália vem selando cooperações com diversos países em meio a preocupações com a China e a pressão sobre Taiwan

    da Reuters

    Japão e Austrália saudaram nesta quinta-feira (6) um novo acordo para cooperar estreitamente na defesa, como um avanço e um marco, no mais recente passo para fortalecer os laços de segurança no contexto do crescente poderio militar e econômico chinês.

    O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, realizaram uma cúpula virtual para selar um pacto que vinha sendo negociado há vários anos.

    A Austrália tem trabalhado com Japão, Índia, Estados Unidos e Reino Unido para fortalecer os laços de defesa em meio a preocupações com a China, incluindo sua pressão sobre Taiwan, liberdade de navegação na região e disputas comerciais.

    O Acordo de Acesso Recíproco (RAA, na sigla em inglês), o primeiro do Japão com qualquer país, permitirá que os militares australianos e japoneses trabalhem conjuntamente em operações de defesa e humanitárias, disse Morrison.

    “O Japão é nosso parceiro mais próximo na Ásia, como demonstrado por nossa parceria estratégica especial, a única parceria desse tipo na Austrália – uma parceria igualitária de confiança compartilhada entre duas grandes democracias comprometidas com o estado de direito, direitos humanos, livre comércio e uma região indo-pacífica livre e aberta”, disse Morrison em uma cerimônia de assinatura.

    “O RAA é um tratado histórico que abre um novo capítulo para a cooperação avançada de defesa e segurança de um mundo complexo e em rápida mudança, algo que você e eu entendemos muito bem”, disse Morrison ao líder japonês.

    Kishida chamou o acordo de “avanço” e disse que os laços com a Austrália continuarão sendo um modelo para a cooperação de segurança com outros países, disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores japonês em entrevista coletiva.

    A cúpula ocorre no momento em que a tensão sobre Taiwan, reivindicada pelos chineses, aumenta, enquanto o presidente Xi Jinping busca afirmar as reivindicações de soberania da China sobre a ilha democraticamente governada.

    Kishida e Morrison destacaram a importância da paz e da estabilidade em todo o Estreito de Taiwan e encorajaram a resolução pacífica das questões, de acordo com um comunicado conjunto divulgado após a cúpula.

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