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    Anatel descarta atrasar 5G em aeroportos após EUA adiarem por preocupação com voos

    Segundo a agência, faixa de frequência no Brasil é inferior, mas testes com Embraer serão avaliados

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business em São Paulo

    A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirmou em comunicado ao CNN Brasil Business na terça-feira (4) que não prevê um adiamento do cronograma de implementação do 5G no Brasil, após os Estados Unidos atrasarem seu cronograma em duas semanas.

    As empresas AT&T e Verizon, responsáveis por implementar a nova geração de internet nos EUA, firmaram um acordo com agências reguladoras do país após críticas de companhias aéreas.

    As companhias alegam que a proximidade da infraestrutura de 5G com aeroportos estava atrapalhando a realização de voos no país, devido à interferência entre a frequência do 5G e a usada em voos para a comunicação com aeroportos. Com isso, havia o risco do cancelamento ou adiamento em massa de voos por riscos de segurança.

    Em nota, a Anatel disse que “acompanha o assunto com atenção e cautela”, e que “a convivência entre os serviços móveis, como o 5G, e os radioaltímetros é uma questão debatida internacionalmente há anos”. Os radioaltímetros são os equipamentos que determinam a altitude de um avião.

    Segundo a agência, a principal faixa de frequência para implementação do 5G no Brasil é a de 3,5 GHz, que corresponderia à faixa de 3.300 a 3.700 MHz, inferior à faixa que será usada nos Estados Unidos, que vai de 3.700 até 3.980 MHz.

    “Já os equipamentos utilizados nos aviões (radioaltímetros) operam na faixa de 4.200 a 4.400 MHz. Assim, o 5G no Brasil está afastado em pelo menos 500 MHz da frequência de operação desses equipamentos, enquanto nos Estados Unidos esse afastamento é de pouco mais de 200 MHz”, afirma a nota.

    Nesse sentido, a Anatel considera que o distanciamento maior entre as faixas gera “melhores condições para a convivência e menores riscos de interferências no território brasileiro”. Por isso, afirmou que o cronograma de liberação da faixa de 3,5 GHz está mantido no Brasil.

    Entretanto, a agência disse que “caso a Anatel identifique a necessidade de medidas adicionais para a proteção de equipamentos utilizados por aviões, estas serão adotadas e divulgadas oportunamente”.

    A Anatel também afirmou que a Embraer enviou um ofício à agência com a intenção de realizar ensaios de voo e em solo sobre a susceptibilidade das aeronaves produzidas pela empresa em relação ao 5G. A realização dos testes está sendo avaliada pela agência.

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