O agora ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo chega a Brasília nesta segunda-feira (4) para assumir a Secretaria Nacional de Justiça.

Na bagagem, levará a experiência de mais de 30 anos no Ministério Público (MP) junto com a vontade de integrar os órgãos e criar um plano nacional de combate às organizações criminosas.

Oficialmente, a nomeação deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça (5), mas ao chegar em Brasília, Sarrubbo já começará as articulações para montar a equipe, que terá em cargos de comando nomes “emprestados” do MP, segundo interlocutores de Sarrubbo.

A CNN apurou que, para o comando da Diretoria de Operações (Diop), o ex-procurador-geral escolheu o promotor Rodney da Silva, que coordenou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP de Goiás. Ele é mestre em Direito e passou pelo curso de formação de oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais.

O Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) será comandado por Camila Kühl Pintarelli, procuradora de São Paulo. Ela é pós-doutoranda em Direito pela Universidade de Coimbra com doutorado e mestrado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Também foi chefe do escritório do governo de São Paulo em Brasília.

Fontes da CNN ainda afirmaram que um programa de integração dos Gaecos será uma das metas pessoais de Sarrubbo no novo cargo. A palavra de ordem de Sarrubbo será “integração”.

Justamente por isso, segundo interlocutores, ele prevê ainda aumentar a convergência do Ministério Público Federal com as polícias estaduais e a Polícia Federal. A ideia traz a terceira prioridade do futuro secretário nacional de Justiça: um plano de combate às organizações criminosas.

O último tema que terá atenção de Sarrubbo é a ampliação do uso de câmeras nas fardas dos policiais militares em todo o Brasil. O futuro secretário é simpático à medida, mas precisa ainda alinhar a ação e os discursos com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Fontes afirmaram ainda que Sarrubbo deve se colocar à disposição do chefe para ajudar na busca dos fugitivos de Mossoró justamente pela experiência em atuar contra organizações criminosas. O assunto, no entanto, está hoje na alçada da Secretaria Nacional de Políticas Penais e da divisão de recapturas da Polícia Federal.