A rápida jornada da Apple para alcançar US$ 3 trilhões em valor de mercado
Na segunda-feira (03), a Apple se tornou a primeira empresa de capital aberto a atingir um valor de mercado de US$ 3 trilhões, quando suas ações atingiram brevemente o máximo histórico
O primeiro dia de negociação do ano foi um marco importante para os mercados financeiros dos Estados Unidos.
O que está acontecendo: na segunda-feira (03), a Apple se tornou a primeira empresa de capital aberto a atingir um valor de mercado de US$ 3 trilhões, quando suas ações atingiram brevemente o máximo histórico. Para efeito de comparação, toda a economia do Reino Unido vale quase US$ 2,8 trilhões, e a do Brasil, US$ 1,4 trilhão.
O momento destacou tanto a força duradoura dos negócios da Apple, que continua a vender dezenas de milhões de iPhones por ano, quanto o profundo compromisso dos investidores com uma ação que agora é um item básico em portfólios de todo o mundo.
“No final das contas, acredito que os melhores dias da empresa ainda estão por vir”, disse o sócio-gerente da Loup, Gene Munster, em entrevista à CNBC.
Tão impressionante quanto os US$ 3 trilhões é a velocidade com que a influência da Apple no mercado cresceu. O valor de mercado da Apple ultrapassou o limite de US$ 1 trilhão em agosto de 2018 e ultrapassou US$ 2 trilhões em agosto de 2020.
Retrocesso rápido: quando a Apple abriu o capital em 1980, vendeu suas ações a US$ 22 cada —ou 10 centavos cada, se você levar em conta a divisão de ações que a empresa anunciou desde então para manter as ações acessíveis e fáceis de negociar.
Mas, apesar de um grupo de clientes leais aos seus computadores pessoais Macintosh, a empresa enfrentou dificuldades. Em 1997, ela estava flertando com a falência quando a rival Microsoft anunciou um investimento surpreendente de US$ 150 milhões.
A verdadeira virada veio em 2007, no entanto, quando o co-fundador e então CEO Steve Jobs revelou o primeiro iPhone, que ele chamou de “um produto revolucionário e mágico que está literalmente cinco anos à frente de qualquer outro telefone móvel.”
“Todos nós nascemos com o dispositivo apontador definitivo —nossos dedos— e o iPhone os usa para criar a interface de usuário mais revolucionária desde o mouse”, disse ele na época.
Um telefone com tela de toque pode não parecer grande coisa agora. No entanto, isso é uma prova do sucesso da Apple. Vendeu seu bilionésimo iPhone em 2016.
Quando a Apple ultrapassou a marca de US$ 1 trilhão em 2018, ela enfrentou duras questões sobre o que viria a seguir. Muitos analistas achavam que era necessário um grande produto novo para manter as vendas e os lucros crescendo.
E ainda: o CEO Tim Cook mostrou que a Apple pode fazer com que os clientes voltem para atualizar seus dispositivos. Durante o trimestre mais recente, apesar dos problemas da cadeia de suprimentos, a Apple arrecadou US$ 38,9 bilhões com as vendas do iPhone, um aumento de 47% em relação ao ano anterior. O produto respondeu por quase metade de toda a receita.
A empresa também construiu negócios formidáveis vendendo serviços como Apple TV + e espaço em nuvem, expandindo além de sua dependência de hardware. Ele também recebe taxas pesadas de sua App Store, embora seu modelo esteja sob escrutínio.
Resumindo: o poder contínuo dos negócios do iPhone da Apple, junto com sua diferenciação em outros serviços, transformou a empresa em um gigante que agora responde por quase 7% de todo o S&P 500. É enorme —mas também o são seus lucros.
E Wall Street está confiante de que a empresa pode continuar crescendo. De acordo com o Refinitiv, 37 dos 43 analistas que cobrem a Apple acham que seus clientes deveriam comprar as ações. Os outros seis recomendam manter as apostas existentes.
“Eu acho que esta pode ser uma ação de US$ 250”, disse Munster, que prevê que a Apple lançará aparelhos e capitalizará os esforços para construir o metaverso ainda este ano. “Isso equivaleria a uma capitalização de mercado de US$ 3,8 trilhões.”