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    STF tem maioria para condenar mais 15 réus do 8 de janeiro

    Análise termina às 23h50 desta sexta (1º); Corte já condenou 101 pessoas acusadas de participar da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes

    Lucas Mendesda CNN , Brasília

    O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (1) para condenar mais 15 réus acusados de serem os executores dos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília.

    Até o momento, seis ministros seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes, a favor da condenação: Cármen Lúcia, Flávio Dino, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Roberto Barroso.

    A análise das ações está sendo feita em sessão virtual que vai até 23h59 desta sexta (1º). Neste formato de julgamento, não há debate entre os ministros, que votam por meio de sistema eletrônico.

    O relator propôs penas de 14 a 17 anos, em regime inicial fechado, além do pagamento de multa e de indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos (em conjunto com os demais condenados pelo caso).

    Zanin e Fachin apresentaram propostas menores de penas. Já Barroso defendeu a condenação por quatro dos cinco crimes imputados.

    A definição sobre o cálculo final das penas será feita com o fim do julgamento.

    Cada ação é analisada e julgada de forma individual. Todos são acusados de integrar o núcleo dos executores dos atos que levaram à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

    Eles respondem pelos crimes de:

    • associação criminosa armada;
    • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
    • golpe de Estado;
    • dano qualificado;
    • deterioração de patrimônio tombado.

    As denúncias foram oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Até o momento, 101 pessoas foram condenadas pelo STF por terem participado da invasão aos prédios dos Três Poderes.

    No total, foram instauradas 1.354 ações penais contra participantes dos atos de 8 de janeiro.

    Desse total, 1.113 ações foram suspensas para que a PGR avalie a possibilidade de firmar acordos com os réus acusados dos crimes menos graves.

    Esse grupo é acusado de incitação ao crime e associação criminosa.

    Moraes já validou 38 acordos, o que impede a condenação dos acusados desde que eles cumpram regras como participar de curso sobre democracia, pagar multa e prestar serviços à comunidade.

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