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    Papa comparece à missa de fim de ano, mas não preside como esperado

    Sem revelar o motivo, Vaticano o substituiu por um cardeal sênior durante a missa - Papa fez a homília e falou sobre responsabilidade e solidariedade no enfrentamento da Covid-19

    Philip Pullellada Reuters , Cidade do Vaticano

    O Papa Francisco terminou o ano participando de um culto nesta sexta-feira (31), em que elogiou aqueles que responderam à pandemia da Covid-19 com responsabilidade e solidariedade, em vez de uma atitude de “cada um por si”.

    O papa não presidiu o culto como se esperava, deixando-o para um cardeal sênior do Vaticano. O Vaticano não explicou por que a mudança foi feita, o que aconteceu aparentemente no último minuto, pois no programa do ritual dizia que Francisco, de 85 anos, deveria presidir.

    Francis, que entrou sem ajuda e parecia estar em boas condições, usou uma cadeira branca ao lado, sentando-se durante a maior parte do serviço. Mais tarde, ele subiu ao pódio e leu sua homilia, sem aparente dificuldade.

    No ano passado, Francisco teve de faltar ao serviço por causa de um surto de ciática que causa dor em sua perna.

    Presidir exigiria ficar de pé, ajoelhado e segurando no alto uma custódia, um pesado vaso de ouro usado para manter a hóstia da comunhão durante as vésperas.

    A pandemia agravou a presença de pessoas durante as cerimônias de fim de ano e forçou o papa a cancelar sua visita tradicional ao presépio na Praça de São Pedro posteriormente. O Vaticano anunciou essa mudança na quinta-feira, dizendo que era para evitar que uma multidão se aglomerasse.

    Em sua homilia, Francisco disse que a pandemia fez com que muitos se sentissem perdidos e que em alguns casos “a tentação de cada um por si” se espalhou.

    “Mas nos levantamos novamente com senso de responsabilidade”, disse ele.

    A Itália relatou um recorde de 144.243 casos de coronavírus nesta sexta, e recentemente impôs novos restrições, incluindo o uso de máscaras ao ar livre.

    Francisco, que também é bispo de Roma, usou sua homilia para lamentar a decadência da capital italiana. Há vários anos, os romanos vivem com uma crise de coleta de lixo e com lixeiras transbordando, principalmente em áreas residenciais. Rebanhos de javalis invadiram alguns bairros para se banquetear com o lixo.

    “Roma é uma cidade maravilhosa que nunca deixa de encantar. Mas para quem mora aqui, infelizmente nem sempre é digna”, disse Francisco.

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