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    Amazonas faz plano para conter enchentes após rios subirem acima da média

    Apesar da normalidade dos eventos de subida do rio nesta época do ano, cheias acima da média têm se tornado cada vez mais frequentes

    Carol QueirozGiovanna Galvanida CNN , em São Paulo

    O governo do estado do Amazonas anunciou, na segunda-feira (27), a implementação da Operação Enchente 2022, que visa combater efeitos danosos das típicas cheias dos rios amazonenses no começo do ano.

    O anúncio antecipado surge em um cenário de preocupação com o atual nível dos rios, que já atingem volumes maiores do que a média histórica. Apesar da normalidade dos eventos de subida do rio nesta época do ano, as cheias acima da média têm se tornado cada vez mais frequentes.

    Na calha do Rio Negro, por exemplo, que banha Manaus, o nível da água já está 3 metros acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado. É possível que todos os municípios do Amazonas sofrem impactos da subida dos rios, afirmou o governador Wilson Lima (PSC) ao apresentar o projeto.

    “Estive, há aproximadamente 10, 15 dias, nas calhas do Juruá e do Purus e constatei, junto com as prefeituras e os técnicos, a subida desses rios. Nós já estamos mobilizando toda a nossa estrutura, todos os nossos secretários. Inclusive estamos reunindo, aqui, para discutir ações integradas de socorro a esses municípios e famílias que forem atingidos pela subida dos rios”, disse.

    O plano, de acordo com o governo, define medidas para socorrer aproximadamente 130 mil famílias nos 62 municípios que possivelmente enfrentarão prejuízos causados pela subida dos rios da região.

    Segundo Patrícia Guimarães, meteorologista da Defesa Civil do Amazonas, os eventos extremos têm sido “cada vez mais expressivos” e contam ainda com a ocorrência do efeito do La Niña, fenômeno que resfria águas no Oceano Pacífico e impacta na produção de umidade na região amazônica.

    “Ultimamente, os eventos extremos têm sido cada vez mais expressivos, tanto as cheias históricas quanto as secas. A exemplo disso, nós tivemos essa cheia de 2021, e o condicionante para que ela acontecesse é idêntico ao de agora”, pontuou.

    Além disso, a ocorrência de chuvas mais fortes na região do estado já geraram impactos em ao menos 13 municípios amazonenses, disse a Defesa Civil do Amazonas na segunda-feira. Foram registrados destelhamentos, queda de árvores e falhas no fornecimento de energia em Manaus e no interior do estado.

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