Quem é Aymeê, cantora gospel que viralizou com alerta para exploração sexual
Compositora cristã já acumula mais de 1 milhão de seguidores em suas redes sociais e está na final do programa "Dom Reality"
Aymeê, uma cantora e compositora gospel viralizou após apresentar uma música autoral para alertar sobre a exploração sexual de crianças na Ilha de Marajó, no Pará. A artista cantou “Evangelho de Fariseus”, durante a semifinal do programa “Dom Reality” e gerou repercussões na internet.
Alguns influenciadores se emocionaram e compartilharam a apresentação de Aymeê, após o seu alerta. Após cantar no programa de competição musical entre artistas do universo gospel, a jovem ainda revelou aos jurados: “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso”.
A artista ainda acrescentou “Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”. Confira:
Após a onda de repercussões, Aymeê ficou mais conhecida e atualmente, já acumula mais de um milhão de seguidores em suas redes sociais.
A cristã é paraense e reside em Redenção, no sul do estado. Por meio de sua fé, ela tece suas canções e é inspirada pelo MPB, Pop, Soul, Indie e Samba. Em suas redes sociais, ela também divide que “acredita que música é conexão”. Em um post, Aymeê também revela o sentimento de ser artista.
“Lembro quando Jesus começou a mexer na minha identidade e depositou no meu ser altas doses de Brasilidade. Djavan representa essa fase! Onde me reconectei com meu propósito e com a verdade do céu pra mim. Quando entendi que o Artista, é na verdade um tradutor de sentimentos. Quando entendi que muito mais que compor Hits em meses, é fazer música pra séculos”, escreve.
Entre textos, fotos e trechos de suas mais de 200 composições, a artista gospel compartilha as fases do programa “Dom Reality”, no qual ela concorre desde novembro do ano passado e agora está na final. O resultado do reality será revelado nesta quinta-feira (22), a partir das 20h, no canal da Unicesumar pelo YouTube.
Investigação de notícias falsas sobre a ilha
Após o mobilização recente nas redes sociais sobre o caso, o advogado-geral da União, Jorge Messias, determinou atuação da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) na identificação de redes de desinformação sobre a Ilha de Marajó. O pedido foi feito no sábado (24).
Segundo Messias, o governo federal está empenhado em apurar denúncias sérias para desarticular redes de tráfico humano, exploração sexual e infantil em todo país. “Os marajoaras merecem respeito e um tratamento digno de todo o Poder Público”, afirmou.
Em 2020, a senadora Damares Alves (Republicanos), que na época era ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, citou, em um culto religioso, denúncias de mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual na ilha, afirmando possuir evidências. Mas, após o MPF fazer um pedido por informações sobre o caso, Alves disse que as denúncias se baseavam em relatos, não em provas. O MPF alegou que as falas seriam propagação de fake news e exigiu retratação pública e uma indenização de R$ 5 milhões por danos sociais e morais à população do arquipélago.
(Com informações de Douglas Porto, da CNN)
