Marca lendária, Isotta Fraschini retorna com esportivo de R$ 17 milhões
Símbolo de prestígio que se tornou referência na primeira metade do século passado regressa com modelo baseado em carro de competição
Uma marca de automóveis que foi sinônimo de luxo e prestígio nas primeiras décadas do século 20, transportando papas, monarcas e astros do cinema, renasceu das cinzas fiel ao espírito original. A Isotta Fraschini está de volta às ruas com um modelo que esbanja exclusividade e poderia perfeitamente acelerar nas pistas. Aliás, acelera, em uma versão até menos extrema.
O Tipo 6 LMH Strada é um hypercar baseado no LMH Competizione com que a fábrica italiana vai disputar o Mundial de Endurance 2024 na principal categoria de protótipos (com direito a presença nas 6 Horas de São Paulo, dia 14 de julho, em Interlagos).
O chassi monocoque em fibra de carbono é envolvido por uma carroceria no mesmo material pensada para o máximo de eficiência aerodinâmica. Atrás dele está um motor V6 3.0 turbo de origem HWA/Mercedes, que trabalha em conjunto com uma unidade híbrida montada junto ao eixo dianteiro. Quando acionada, ela faz o Tipo 6 LMH Strada ganhar tração integral.
Ao todo, são 1.020 cavalos, que levam o esportivo a insanos 370 km/h de velocidade final, sem as restrições técnicas previstas no regulamento do Mundial de Endurance, e com menos de uma tonelada de peso.
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Câmbio, freios e suspensões são os mesmos da versão de competição. E uma câmera colocada na parte traseira faz o papel de retrovisor.
A principal diferença visual em relação ao Tipo 6 LMH Competizione é a ausência da generosa asa traseira, substituída por um elemento aerodinâmico menor.
O projeto e a construção estão a cargo da Michelotto, por anos parceira técnica da Ferrari e responsável pela fabricação das versões de competição dos modelos GT da scuderia.
Tanta exclusividade e desempenho logicamente tem seu preço, que é coisa para pouquíssimos: parte de 3,25 milhões de euros (cerca de R$ 17,3 milhões), o que pode aumentar com algumas opções de personalização.
E não dá para levar um carona: como na pista, o cockpit tem espaço apenas para quem vai ao volante, e mesmo assim sem conforto.