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    Aliados defendem Lula e minimizam impacto nas relações internacionais do Brasil

    Oposição propõe moções de repúdio, pedido de impeachment e pede explicações ao ministro Mauro Vieira

    Carol Rositoda CNN , Brasília

    Parlamentares da base do governo na Câmara dos Deputados avaliam que a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve ferir a relação diplomática do Brasil com outros países.

    Neste domingo (18), o petista comparou a operação militar de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto. Lula também falou que os palestinos estão sendo alvo de um “genocídio”.

    Após a declaração, Israel comunicou ao embaixador brasileiro que o presidente brasileiro passa a ser “persona non grata” no país até que se desculpe.

    A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) foi uma das que saiu em defesa de Lula. Segundo a parlamentar, lideranças mundiais estão cada vez mais críticas ao cenário em Gaza. “A tendência é haver apoio à posição de Lula”, afirmou à CNN.

    A própria parlamentar reforçou a fala do presidente. Disse que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, “é um líder de extrema direita criticado pela própria população de Israel e lideranças mundiais e responde pela acusação de genocídio em Haia”.

    A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também afirmou que a resposta de Netanyahu a Lula “confirma a truculência do chefe de um governo de extrema direita que está levando seu país ao desastre e ao repúdio da comunidade internacional”.

    Segundo a petista, o primeiro-ministro “ignora que o Brasil não é mais governado por um fascista como ele”, se referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Oposição reage

    As declarações vêm na esteira das duras críticas que o presidente Lula também tem recebido de parlamentares da oposição.

    Na Câmara, já foram apresentados dois pedidos de moção de repúdio. Uma ala mais radical fala até em pedido impeachment por crime de responsabilidade.

    No Senado, dois requerimentos foram apresentados para ouvir o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Um de convite e um de convocação.

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