Defesa de Anderson Torres diz que ex-ministro vai cooperar em depoimento à PF
Oitiva está marcada para a próxima quinta-feira (22), mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro deve depor
A defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres disse que ele vai cooperar com as investigações e “esclarecer” o que for preciso. Seu depoimento está marcado para a próxima quinta-feira (22), mesmo dia previsto para a oitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“[A decisão] reafirma disposição para cooperar com as investigações e esclarecer toda e qualquer dúvida que houver, pois é o maior interessado na apuração isenta dos fatos”, informou o advogado Eumar Novacki.
Segundo o advogado, o ex-ministro de Bolsonaro “cumpre rigorosamente” as medidas cautelares determinadas pela Justiça.
Torres ficou preso durante cinco meses por suspeita de omissão nos atos de 8 de janeiro. Durante busca e apreensão em sua casa, a PF achou uma “minuta do golpe”, documento que teria — embora não utilizado — teria sido elaborado para eventualmente mudar as eleições presidenciais.
No caso do depoimento desta semana, o foco é a investigação no âmbito da operação Tempus Veritatis.
Investigação da Polícia Federal (PF) aponta que o ex-ministro fez parte do “núcleo jurídico” responsável por “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.