“Fala se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu”, diz Janja sobre afirmação feita por Lula
No domingo (18), presidente comparou os ataques de Israel em Gaza ao Holocausto
A primeira-dama, Janja Lula da Silva, usou as redes sociais, nesta segunda-feira (19), para defender a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o conflito na Faixa de Gaza.
“A fala [do presidente] se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu. Sejamos honestos nas análises”, escreveu Janja.
No domingo (18), Lula comparou a guerra entre Israel e Hamas ao Holocausto — que matou milhares de judeus durante a Segunda Guerra mundial.
Na publicação, Janja afirmou ter orgulho do marido “que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas”.
Complementou afirmando ter certeza de que se o presidente tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra Mundial, “teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus” e ainda cobrou indignação pelo assassinato de crianças no conflito.
A publicação da primeira-dama nas redes sociais ocorre em meio a críticas que Lula tem sofrido depois da comparação entre os ataques em Gaza e o Holocausto, feita pelo presidente em coletiva de imprensa durante sua passagem pela Etiópia.
O presidente brasileiro foi considerado pelo governo israelense “persona non grata” porque comparou os ataques de Israel na Faixa de Gaza às ações do regime nazista de Adolf Hitler.
Confira a íntegra da fala de Janja:
“Orgulho do meu marido que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas. Tenho certeza que se o Presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus.
A fala se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu. Sejamos honestos nas análises.
Perguntei certa vez a uma jornalista porque a imprensa não divulga as imagens do massacre em Gaza, ao que ela me respondeu: “porque são muito fortes as imagens das crianças mortas”. Se isso não é esconder o genocídio, eu não sei o que é.
É preciso que o mundo se indigne com o assassinato de cada uma dessas crianças e que se una, urgentemente, na construção da paz!”
*Supervisão de Marcos Rosendo, da CNN