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    Líder do PCC no litoral de SP é morto em troca de tiros com a PM

    Danone e outros dois homens foram mortos por agentes do COE, na manhã desta sexta-feira (16), em comunidade do Guarujá

    Marcos GuedesRafael Villarroelda CNN

    Rodrigo Pires dos Santos, de 40 anos, conhecido como Danone, apontado pela polícia como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista, foi morto por agentes da Coordenação de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar, na manhã desta sexta-feira (16), no Guarujá, no litoral paulista. Ele comandava assaltos e o tráfico de drogas na região.

    Danone e outros dois comparsas morreram após confronto com os policiais militares. Os agentes do COE realizavam patrulha em um barco, quando teriam avistado um homem armado com fuzil na janela de um apartamento.

    Ao acessarem o condomínio, os policiais afirmaram ver um suspeito correndo parar em um apartamento, no qual a porta teria ficado aberta. Os policiais foram recebidos a tiros e entraram em confronto com os três homens.

    Os suspeitos foram socorridos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Rodoviária, mas não resistiram. A Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, investiga o caso.

    Em nota, a SSP confirmou a informação da morte de Danone na Baixada Santista: “O líder de uma facção criminosa e dois comparsas morreram nesta sexta-feira (16), em confronto com a Polícia Militar”, disse a pasta.

    Segundo a Polícia Civil de Santos, ele era “torre” da facção, também conhecido como “geral do progresso”, que é uma espécie de gerente regional do PCC na Baixada.

    Na hierarquia da facção, Danone só prestava contas ao “sintonia final”, um líder da Baixada Santista. Além da coordenação do tráfico de drogas na região, ele geria os chamados “disciplinas”, que são integrantes da facção incumbidos de punir outros membros que tenham infringido regras internas.

    A ficha criminal de Danone é extensa, e aponta mais de 15 indiciamentos por crimes como receptação, furto, dano, lesão corporal, vandalismo, rebelião em presídio, cárcere privado, etc.

    Em 2012, Danone foi acusado de participação na morte do sargento da PM Marcelo Fukuhara, que foi fuzilado em frente ao buffet da esposa, enquanto passeava com o cachorro. O crime ocorreu no bairro Ponta Praia, em Santos.

    Três anos depois, em 2015, o traficante foi preso por um ataque a tiros a uma embarcação da Receita Federal.

    Segundo o Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em novembro do ano passado, uma operação da Polícia Civil em parceria com a Marinha apreendeu um fuzil, duas pistolas e uma grande quantidade de entorpecentes na casa de Danone, que conseguiu fugir.

    Derrite ainda afirmou que Danone “atuava no tráfico internacional de drogas e é suspeito por envolvimento em atentado contra a vida de agentes públicos”.

    Nas redes sociais, Derrite publicou um vídeo onde o traficante Danone aparece em festa, ostentando armas para o alto.

    “O combate ao crime na Baixada Santista enfrenta desafios porque cenas como essa ocorriam na região sem que houvesse o devido trabalho de inteligência para enfrentá-las. O homem do vídeo, ostentando arma, era conhecido como Danone e morreu hoje em um confronto com o COE”, disse o secretário.

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