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    Raquel Landim
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    Raquel Landim

    Com passagens pelos principais jornais do país como repórter especial e colunista, recebeu o prêmio “Jornalista Econômico” de 2022 pela Ordem dos Economistas do Brasil

    Bolsonaro transferiu R$ 800 mil aos EUA, dizem fontes; defesa cita “receio de explosão do dólar”

    Transferência foi feita para que Bolsonaro ficasse nos EUA enquanto seus apoiadores tentariam um golpe de Estado no Brasil, segundo investigações da Polícia Federal

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) transferiu R$ 800 mil para um banco dos Estados Unidos antes de viajar ao país pouco antes de terminar o mandato, em 28 de dezembro de 2022, afirmaram fontes ligadas à Polícia Federal (PF).

    A transferência foi feita para que Bolsonaro ficasse nos EUA enquanto seus apoiadores tentariam um golpe de Estado no Brasil, e o então presidente aguardaria os desdobramentos e o desfecho em solo norte-americano, apontam as investigações.

    Bolsonaro queria se resguardar de eventual persecução penal, segundo fontes ouvidas pela CNN.

    As informações constam em um documento da PF obtido pela revista “Veja” e foram confirmadas pela CNN.

    Procurada pela CNN, a defesa de Bolsonaro diz que o ex-presidente enviou suas economias, que estavam numa conta poupança no Banco do Brasil, por “receio de explosão do dólar” e, assim, se proteger da variação cambial.

    O dinheiro foi posteriormente repatriado para o Brasil a pedido das autoridades reguladoras norte-americanas por se tratar de uma pessoa politicamente exposta.

    A quebra de sigilo bancário de Bolsonaro demonstra que ele fez uma operação de câmbio de R$ 800 mil em 27 de dezembro de 2022.

    Fontes da PF também levantam a possibilidade de os recursos financeiros eventualmente serem “ilícitos e lícitos” por suspeitar que parte do montante transferido tenha sido acumulado com o “desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras”.

    Afastamento de Moraes

    Empenhada em afastar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), da relatoria do inquérito que atinge Jair Bolsonaro e seus aliados, a defesa do ex-presidente argumenta que o ministro se declarou vítima do suposto plano golpista e, portanto, não deveria julgar fatos relacionados à investigação.

    O pedido para que Moraes seja declarado impedido foi apresentado na última quarta-feira (14) ao STF pelos advogados como parte da estratégia para enfraquecer as acusações contra o ex-presidente.

    Segundo a defesa do ex-presidente, Moraes aparece nos despachos que fundamentaram ações de busca e apreensão e medidas cautelares como “vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação”.

    Os advogados pedem não só que Moraes seja afastado, como também requer que sejam declarados nulos todos os atos praticados por ele até o momento.

    “É bem de se ver, no entanto, que tanto o conteúdo da representação quanto a decisão revelam, de maneira indubitável, uma narrativa que coloca o Ministro Relator no papel de vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação, destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa”, diz o texto.

    *Com informações do Estadão Conteúdo, Clarissa Oliveira e Basília Rodrigues, da CNN