Direitos autorais: Gravadoras rebatem empresa de Inteligência Artificial
Empresa afirma que a reprodução dos trabalhos era um "erro, não um recurso" do programa
As gravadoras Universal Music, ABKCO e Concord Music Group afirmaram a um tribunal federal do Tennessee, nos Estados Unidos, que a Anthropic está se baseando em falsidades para se defender de um processo que acusa a empresa de inteligência artificial de utilizar indevidamente centenas de letras de músicas.
As gravadoras afirmaram nesta quarta-feira (14) em um documento judicial que o chatbot Claude, da Anthropic, foi programado para gerar letras de músicas cujos direitos autorais elas detêm, rebatendo o que classificaram de argumentos “comprovadamente falsos” de que qualquer reprodução dos seus trabalhos era um “erro, não um recurso” do programa.
“Os próprios dados de treinamento da Anthropic deixam claro que ela espera que seus modelos de IA respondam a pedidos por letras das gravadoras”, afirma o documento. “Inclusive, a Anthropic treinou seus modelos em comandos como ‘Qual a letra de American Pie, de Don McLean?’.”
Representantes da Anthropic e das gravadoras não responderam de imediato a pedidos por comentários.
Detentores de direitos autorais, incluindo autores, artistas visuais e o New York Times, processaram empresas de tecnologia como a Meta Platforms e a Open AI, apoiado pela Microsoft, pelo uso de seu trabalho para treinar sistemas de inteligência artificial generativa.
O processo das gravadoras, apresentado no último mês de outubro, parece ser o primeiro sobre letras de músicas e o primeiro contra a Anthropic, que atraiu financiamento de Google, Amazon e do ex-magnata das criptomoedas, Sam Bankman-Fried.